Faltando menos de quatro meses para o primeiro turno das eleições municipais, o Campo Grande tem 15 candidatos pré-federados, incluindo o atual chefe do executivo, Marcos Trad (PSD). 

Adiado em razão da pandemia de Covid-19, o pleito está marcado para os dias 15 e 29 de novembro.

Para Trad, algumas críticas à sua gestão são construtivas, mas ele avalia mais ataques do que solicitações. 

“Tento melhorar, pois não sou perfeito. Mas não vejo proposta, só ataque pessoal ”, apontou. 

O prazo para os participantes definirem os candidatos vai de 31 de agosto a 16 de setembro, mas alguns diretórios já têm traçado pelos caminhos a seguir.

Quando venceu a seleção em 2016 , o Trad concorreu com outros 15 nomes , indo para o segundo turno com a candidata tucana Rose Modesto (PSDB).

Entre os concorrentes de 2020, é o deputado estadual Marcio Fernandes (MDB) . Ele disse que a campanha será diferente em função do isolamento social. 

“Existe uma dificuldade de reunir e conversar, mas vamos usar como [outras] ferramentas, [como] Facebook e WhatsApp, que eu vou responder. Por enquanto, faremos reuniões virtuais ”, contou.

O parlamentar afirmou ainda que essa situação favorece quem disputa a reeleição. 

“Isso favorece quem não tem poder. O prefeito ainda pode visitar obras, distribuir cestas básicas, fazer vidas para divulgar informações da pandemia ”, criticou Fernandes.

EXPECTATIVA

Também deputado estadual, ou petista Pedro Kemp está trabalhando de forma remota, mas espera que a situação melhore nos próximos meses. 

“Lá por setembro ou outubro, esperamos que seja possível retomar como atividades presenciais. Essa pré-campanha vai seguir sendo virtual ”, disse.

Kemp também usa o que há nesse período. 

“Um desafio, porque PT é um partido que aposta no corpo, em caminhadas nos bairros. Nós sentimos essa dificuldade ”, afirmou.

Por enquanto, o deputado vai continuar a articular-se com a esquerda para formar uma aliança e montar o programa de governo.

“Estamos motivados, organizando uma chapa de candidatos a vereador, conversando com outros partidos”, registrou.

TUCANOS

O PSDB segue sem definição para disputar uma eleição. A tendência é que os tucanos apoiem a reeleição de Marcos Trad , ainda que alguns membros do partido queiram se candidatar.

Segundo presidente da legenda, João César Mattogrosso, vereador do Poder Legislativo será importante para chegar ao consenso. 

“Selecione se resolver durante o recesso. Precisamos de tudo na balança e dependências de gestos. Alguns detentores de mandatos têm vontade própria, mas precisam ter cautela ”, ponderou.

Mattogrosso reafirmou que o PSDB deve indicar o presidente da Câmara Municipal, João Rocha , para uma vaga de vice-chapa na Trad.

PRÉ-CANDIDATOS

Marcos Trad deve enfrentar outros 13 concorrentes. Uma disputa pode ter mais uma vez um número alto de candidatos, por exemplo, a partir de 2016.

O PSL contratou o deputado estadual Renan Contar, o Capitão Contar e usou o verificador Vinícius Siqueira como pré-candidato . Ele deixou o DEM e está no seu primeiro mandato na Câmara Municipal. 

O deputado estadual João Henrique Catan colocou como candidato ao PL. O PP optou pelo ex-presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento.  

Pelo Solidariedade, ex-secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli , disputa a cadeira de prefeito. Em 2018, ele concorreu ao Senado pelo PSDB.

O ex-verificador Marcelo Bluma vai disputar a carga pela terceira vez consecutiva pelo PV. Ele foi candidato ao governo em 2018 .

Membro do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), Sérgio Harfouche vai concorrer pelo Avante. O procurador de Justiça chegou ao vice-presidente de chapa de Simone Tebet (MDB) ao governo em 2018, mas, com uma desistência da senadora, ele concorreu ao Senado Federal .

O deputado federal Dagoberto Nogueira deixou a presidência estadual do PDT para disputar novamente a prefeitura. Ele foi candidato em 2004.

O advogado Mario Fonseca vai concorrer pelo PCdoB. Ele foi vice-chapa de Alex do PT em 2016 e disputou uma das cadeiras do Senado em 2018. 

Ex-presidente da Fundação de Trabalho de Mato Grosso do Sul, Wilton Acosta é o pré-candidato dos republicanos. Ele concorreu para deputado federal em 2018, mas não foi eleito.

Paulo Matos será candidato pelo PSC. Ele foi secretário municipal de governo na gestão de Gilmar Olarte e, durante a administração de Nelson Trad Filho, foi diretor presidente da Agência Municipal de Habitação (Emha) - atual Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundamentais (Amhasf).

O novo escolhido ou empresário G Scarpanti como pré-candidato. Ele disputou uma das cadeiras na Câmara dos Deputados em 2018. Por fim, o PSOL optou pela psicologia e ativista Cris Duarte.

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