quarta-feira, 26 de outubro de 2016
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Serra da Alegria está sendo conhecida mundialmente pela prática de esportes radicais.
Serra da Alegria está sendo conhecida mundialmente pela prática de esportes radicais.
Um esporte ainda pouco conhecido por rio-verdenses e de
todos do estado de Mato Grosso do Sul, começa chamar a atenção de populares e
atrair cada vez mais adeptos.
Um grupo de skatistas da capital Campo Grande, decidiu
inovar. Fundou a Associação Sul-mato-grossense Downhill de Skate-ASDS e há mais
de cinco anos participa de competições nacionais como nas etapas de Belo
Horizonte-MG, Itatiba-SP e conta com pelo menos seis atletas ranqueados pela
Federação Internacional de Downhill.
O grupo, formado por Paulo André, João Gustavo, Luiz
Porpino Jr e Lucas Freitas, vive constantemente buscando novas alternativas
para a prática do esporte como a descida da serra de Maracajú, próxima ao
município de Nioaque, e recentemente descobriu um dos mais fascinantes lugares
para a prática do esporte, que é a Serra da Alegria, no município de Rio Verde
de Mato Grosso-MS, umas das portas de entrada ao Pantanal de Mato Grosso do
Sul.
Paulo André falou um pouco dessa paixão, o skate, que
pratica desde a infância, à reportagem do jornal Impacto MS, que acompanhou o
grupo num dos treinamentos na Serra da Alegria. Paulo é presidente da
Associação Sul-mato-grossense de Downhill Skate, modalidade que mistura o
esporte já praticado em cima das rodinhas com a velocidade das descidas.
Foi a partir de 2009 que ele começou a andar com os
longboards e, consequentemente, a praticar o Downhill Speed.
Este ano o grupo já esteve na Serra da alegria várias vezes
e todos são unânimes em afirmar que o Dowhill é impressionante porque
consegue-se percorrer grandes distâncias em alta velocidade. Esse conceito
fascina o praticante na primeira descida que consegue com sucesso.
“As altas velocidades atingidas, o fato das competições,
na categoria speed, serem por tempo e não por nota, e a possibilidade de
utilizar o skate como um meio alternativo de transporte, sem poluição, a
adrenalina e as manobras em velocidade são o que mais dão emoção ao esporte”,
afirma.
A descida da Serra da Alegria possui cerca de 5 KM e o
local, segundo Paulo André, tem tudo para se tornar uma das melhores pistas
para a prática do Skate Downhill.
Os praticantes chegam a atingir de 90 a 110 km por hora
nas descidas. “A descida aqui na serra é incrível, tanto pela seletividade
quanto pelo visual. Poucos tem essa oportunidade de treinar em uma ladeira que
leva direto ao Pantanal. Ela é única!”, exulta Paulo André.
FUTURO
O objetivo da ASDS, que surgiu da necessidade de levarmos
o esporte mais a sério, é desenvolvê-lo com propriedade no Mato Grosso do Sul.
Através da pessoa jurídica temos mais facilidades de criar eventos e conseguir
apoio para as competições.
Além disso, a associação busca apoio à atletas que se
destacam no estado para participarem de competições. Por isso a importância da
pista em Rio Verde de Mato Grosso e a criação de eventos para estimular a
evolução dos atletas e o constante fluxo de informações sobre os últimos
acontecimentos no esporte.
MODALIDADES
Modalidade onde o atleta desce uma ladeira fazendo
manobras em alta velocidade. Como muitos devem saber, um dos inventores do
downhill-slide foi Clifford Coleman, um californiano de Berkeley, que hoje tem
54 anos e continua praticando o esporte.
Ele e seus amigos de sessão começaram a criar a arte de
deslizar (Slide) por volta de 1965, mas somente em 1975 é que se encontraram
num evento e puderam compartilhar suas experiências vividas nestes 10 anos e
exibiram os primeiros slides em pé (Stand-up) de que se tem notícia.
Com o passar dos anos, Cliff começou a desenvolver outro
tipo de Slide, o Slide de mão, agachado, o qual poderia ser executado em
velocidades maiores proporcionando uma maior segurança no Downhill, visto que
este slide poderia ser utilizado como uma espécie de freio na descida de
ladeiras maiores e/ou mais íngremes. Desenvolvendo a habilidade dos skaters de
descer ladeiras cada vez maiores e mais rápidas (naquela época).
Downhill Stand-up
Esse esporte tem como finalidade descer a montanha
(ladeira) imprimindo velocidade e os equipamentos necessários para a prática do
Downhill speed são: macacão de couro, tênis, luva com casquilho, capacete
fechado e um skate próprio para velocidade. O recordista mundial de velocidade
é o brasileiro Douglas (Dalua). Dalua chegou a 130 km/h na ladeira mais rápida
do mundo em Teutônia, no Rio Grande do Sul.
Ano que também deu um enorme destaque aos speeds
brasileiros junto ao ranking mundial da IGSA (Associação internacional de
esportes de gravidade). Com destaque no 5º lugar para Luiz Lins(T2) e o 10º
lugar ao Juliano Cassemiro (Lilica), em um total de aproximadamente 450 pessoas
de várias partes do mundo.
Downhill Slide
Consiste em descer ladeira executando manobras de slide,
com um skate maior, chamado Longboard. Com características bem próximas a
modalidade Downhill Slide, no long, o estilo clássico do surf é mais explorado,
no aproveitamento das laterais das pistas e da própria madeira(Shape).
Hoje, com o desenvolvimento técnico, não apenas dos
equipamentos mais leves, mas da execução das manobras, o longboard downhill
consegue equilibrar agressividade, velocidade e o clássico ao mesmo tempo.
Essa modalidade é a que mais comporta mulheres entre as
demais encontradas na ladeira. No Brasil, a esqueitista Christie Aleixo tem
destaque e é considerada uma das melhores no mundo nesta modalidade, além de
praticar o speed e o slalom.
(Victor Currales)
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
(Victor Currales)