Antonov desmente informação que suspendeu investimento de US$ 50 bi após fala de Lula
A estatal ucraniana Antonov desmentiu hoje a informação de que suspendeu o investimento de US$ 50 bilhões no Brasil após as recentes declarações do presidente Lula (PT) sobre a guerra da Ucrânia.
A empresa de aviação classificou que a notícia da suspensão dos negócios é "falsa". A informação foi publicada em nota nas redes sociais da companhia. A estatal disse ainda que "não possui um representante autorizado no Brasil com autoridade para falar ou representar os interesses da empresa", diz trecho da nota.
A companhia explicou que realiza constantes consultas para negócios com parceiros estrangeiros, incluindo o Brasil.
A companhia Antonov enfatiza seu interesse no desenvolvimento da cooperação com a República Federativa do Brasil no campo de tecnologias de aviação e apreciará as iniciativas oficiais da parte brasileira no que diz respeito ao estabelecimento de cooperação mutuamente benéfica."
Diz outro trecho da nota
Por fim, a nota diz que as informações que circulam na imprensa brasileira sobre a suspensão não representam o posicionamento oficial da companhia.
Para evitar manipulações e o agravamento da parceria internacional, bem como levando em consideração a atual situação internacional causada pela invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia, a Antonov solicita gentilmente aos meios de comunicação de massa que verifiquem cuidadosamente as informações relacionadas às atividades, recebidas de outras fontes."
Outro trecho de nota postada pela Antonov
Entenda o caso
Hoje, mais cedo, a CNN veiculou que o governo de São Paulo teria divulgado uma nota à imprensa informando que representantes da estatal Antonov estiveram no Palácio dos Bandeirantes no dia 11 de abril para negociar o investimento no Brasil, mas que a negociação havia sido suspensa.
Ainda de acordo com a reportagem da CNN, o governo teria dito que a suspensão teria sido comunicada por e-mail: "diante das últimas declarações do Governo Federal, a Antonov decidiu suspender as negociações".
Procurado pelo UOL, o governo de São Paulo ainda não se pronunciou sobre a nota divulgada pela empresa.
UOL
quinta-feira, 27 de abril de 2023