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domingo, 6 de novembro de 2022
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Rio Verde-MS: Cantora de Rio Verde-MS, é produzida pelo mesmo produtor que descobriu Charlie Brown Jr.



 Bela Rio é de Rio Verde, município a 210 quilômetros de Campo Grande, e o interesse pela música já vem de berço: o pai tinha um violão, que às vezes "arranhava", em casa, o que a encantava, já pequenina. Agora, moça, a cantora se vê tendo como cicerone no meio artístico o cantor Jerry Espíndola, e começa a se destacar na cena, sendo vista como promessa e sucesso. 

"Meu interesse pela música acho que começou com meu, pai que tinha um violão em casa e às vezes arranhava, e tinha aqueles livros de cifra que comprava em banquinha... Sempre olhava aquelas cifras e meu pai tocando, achava lindo! Mesmo ele sendo péssimo", conta Bela, aos risos, e lembra que, além do pai, também construiu memórias afetivas através da música com o avô. "Meu finado avô também costumava tocar, e eu tenho a imagem dele tocando violão para mim à noite, no escuro, somente com a luz da sala que saia pela porta". 

Aos 16 anos, ela decidiu aprender a tocar, porque gostava de cantar, e suas influências iniciais foram as cantoras sertanejas, como Maiara e Maraísa, Marília Mendonça, entre outras. "Logo mudei para Campo Grande, e um ano foi o suficiente para me conhecer, e conhecer um pouco do que é o mundo fora do ninho, apanhei muito e aprendi a voar! Logo conheci o Jerry [Espíndola], onde iniciei minha transição para o pop MPB, e onde escrevemos nosso primeiro som 'Live das Estrelas', que será lançado ainda em 2022 e foi o primeiro passo de um projeto que iria longe! Foi onde me encontrei", relembra

Quando a jovem se decidiu e foi estudar Medicina Veterinária em Lages (SC), Jerry fez contato com Tadeu Patolla, a fim de mostrar o trabalho autoral de ambos. Com isso, acabaram por fechar com o selo Phant Music, e já deram início às gravações de 10 músicas, sendo metade autoral e a outra metade, cover. 

Vivendo o sonho

Com o passar do tempo, a artista foi se dando conta de que, apesar de parecer um sonho, todo aquele turbilhão era realidade: Ela estava vivendo um sonho. O seu sonho. Mesmo assim, Bela tem os pés no chão e entende que, mesmo vivendo um sonho, precisa ficar bem acordada. "Ser artista no Brasil é um desafio! Hoje tento conciliar uma paixão com a outra, mas quando se nasce artista, mais difícil que ser um, é não poder ser. Hoje me sinto bem com o que sou, tento ser sempre mente aberta com o novo, ignorância é oque nos deixa velhos! Quero envelhecer moça como Rita Lee, amo minhas tatuagens, meus piercings, gosto de chamar atenção sendo uma boa leonina", diz a jovem, aos risos. 

Bela afirma que, pior do que ser artista, é não poder ser umBela afirma que, "pior do que ser artista, é não poder ser um" (foto: Valentin Manieri)

Patolla

O produtor musical Tadeu Patolla é um nome conhecido no meio artístico nacional, sendo, reconhecidamente, o homem que descobriu e produziu a banda Charlie Brown Jr., tendo trabalhado, também, com Wilson Sideral, Deborah Blando, Biquíni Cavadão (hoje Biquíni), Jorge Ben Jor e Pedra Letícia, entre outros. 

Para ele, fazer sucesso é algo distinto de ser artista, e quem quer se lançar no meio artístico precisa de algo imprescindível: "Bom, primeiro de tudo precisa ser artista. Tem muita gente que quer fazer sucesso, mas não é artista, não tem alma de artista, e nem postura de artista. O sucesso é relativo. Músicas boas, uma boa performance, um bom empresário e acima de tudo [precisa] ser talentoso e focado no que faz", afirma o profissional ao TopMídiaNews.

Patolla ainda explica que o sucesso é uma soma de fatores e, de quebra, um "golpe de sorte". "O sucesso, hoje e sempre, tem a ver com estar no lugar certo, com a pessoa certa, e a equipe certa, tudo isso somado ao talento do artista." 

Além disso, o produtor salienta que é necessário levar em conta as habilidades, capacidade e limites do artista, de forma que ele seja o foco da produção. "Vejo alguns produtores de hoje dando tanta atenção à sua produção, que muitas vezes o artista, interprete, acaba ficando em segundo plano. Não que isso seja uma coisa proposital, mas vejo muito isso nas músicas de hoje, até porque o nível artístico no geral em alguns nichos de mercado chega a ser duvidoso na minha opinião. Mas isso é só minha opinião", conclui.

Sobre Bela, a quem tem produzido, Tadeu não mede elogios à jovem cantora. "A Bela é uma menina nova e muito talentosa, com muita vontade de encarar os desafios de um começo de carreira. Isso faz dela uma grande promessa para a música pop brasileira. Ela vem evoluindo a cada dia que passa e a cada música que a gente grava juntos. Particularmente, eu gosto muito do seu timbre de voz e de como ela coloca sua interpretação nas músicas, é algo que não se pode nem mesmo dirigir muito, senão estraga! Este talento natural em desenvolvimento que ela tem vai fazer dela uma grande cantora a curto prazo. Sou fã!"

domingo, 6 de novembro de 2022

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