Mais de 500 pessoas são hospitalizadas após ataque de escorpiões no Egito

Um ataque de escorpiões deixou pelo menos 503 pessoas feridas após tempestades causarem inundações no sul do Egito, desalojando os aracnídeos de seus esconderijos originais. Segundo o jornal norte-americano The Washington Post, a cidade de Aswan, onde ocorreu o incidente, é uma dos locais mais secos do mundo.

No entanto, nos últimos dias a região foi atingida por chuvas intensas com direito até mesmo a granizo. A agência Associated Press informou que a tempestade causou inundações, quedas de energia e fechou escolas. Além disso, em meio ao caos, três mortes foram confirmadas. Segundo Ehab Hanafy, subsecretário do Ministério da Saúde em Aswan, as mortes foram consequência de "acidentes relacionados com a tempestade" e "definitivamente não foram devido a picadas de escorpião".

Já o governador de Aswan, Ahsraf Attia, disse à AP que aqueles que foram picados e hospitalizados receberam doses de antiveneno e foram liberados. O Al-Ahram, um jornal governamental egípcio, relatou que médicos foram chamados das férias para ajudar nos tratamentos dos pacientes.

Hanafy ainda informou que as picadas de escorpião são normais na região, com uma média de 100 registros por dia. No entanto, as tempestades aumentaram drasticamente a ocorrência nos hospitais. Os aracnídeos, conhecidos como escorpião de cauda gorda, são nativos e conhecidos como um "dos mais mortíferos do mundo", de acordo com o Zoológico de St. Louis.

As chuvas fizeram com que estes animais tivessem que fugir dos esconderijos em busca de novos locais. A tempestade foi causada por uma "perturbação climática" que transitou pelo Egito.