Veja as sugestões de filmes e séries nas plataformas digitais, 31 de dezembro de 2020
Após o sucesso de “The Good Place”, que teve seu último episódio transmitido no início de 2020, e do contínuo terror psicológico proporcionado por “Black Mirror”, a Amazon Prime Video decide juntar os dois universos em sua série original “Upload”. O ano é 2033 e a tecnologia já alcançou até a vida após a morte. Tratam-se de programas desenvolvidos por grandes empresas que são capazes de armazenar a consciência daqueles que morreram e criar um paraíso digital onde os vivos podem interagir com os mortos através de óculos de realidade virtual e vídeo-chamadas.
Nathan Brown (Robbie Amell) é um jovem programador de Los Angeles que buscava desenvolver seu próprio software da vida após a morte. Tratava-se de um projeto mais democrático do que aqueles oferecidos pelas grandes corporativas, mas que culminou em um misterioso acidente de carro e na morte de Nathan. Minutos antes dele falecer, Ingrid (Allegra Edwards), sua namorada extremamente rica, consegue convencê-lo a baixar sua consciência para o melhor programa que o dinheiro pode comprar. Assim, com um piscar de olhos, Nathan se vê numa espécie de céu luxuoso chamado de Lakerview, onde os residentes podem realizar todos os seus desejos - desde que familiares e parentes vivos continuem pagando.
Para guiá-lo nessa transição há Nora (Andy Allo) uma conselheira cuja real função é convencer os clientes a gastar mais dinheiro dentro do programa, com comidas digitais e partidas de golfe. Apesar disso, ela rapidamente se vê envolvida pela história de Nathan e, à medida que se apaixona pelo rapaz, passa a quebrar regras fundamentais da corporação para ajudá-lo. Uma das questões mais intrigantes para Nora é exatamente a forma como ele morreu e o porquê parte de suas memórias terem sido apagadas durante o download para Lakerview. Em meio a esses mistérios ainda existe a questão com Ingrid, cujo cartão de crédito sustenta um relacionamento sem paixão e a própria sobrevivência de Nathan.
Missão quase impossível
A destemida Kim Possible retorna às telas no streaming
Com quatro temporadas e 87 episódios que foram exibidos de 2002 a 2007, o desenho animado “Kim Possible” produzido pela Disney Channel ganhou as graças da audiência por retratar uma personagem feminina empoderada, uma espiã que de dia enfrenta as dificuldades de ser adolescente e à noite derrota os vilões mais perigosos: a Kim Possible. Apesar do hiato de 12 anos, a Disney decidiu lançar em 2019 um live action homônimo do desenho para apresentar um dos clássicos da produtora ao novo público infanto-juvenil. Após estrear na televisão em 2019, o filme entra dia 1º de janeiro para o catálogo da Disney+.
Após completar com sucesso sua missão, Kim Possible (Sadie Stanley) e seu melhor amigo Ron (Sean Giambrone) devem enfrentar uma nova aventura, para qual nenhum treinamento podia prepará-los: ingressar no ensino médio. Acostumada com a perfeição no trabalho, as expectativas de Kim para vida escolar não podiam ser diferentes. No entanto, após perder o ônibus e se atrasar para o primeiro dia de aula, a rejeição nos testes para o time de futebol feminino parece premeditar tempos difíceis. O único ponto positivo foi que durante essa maré de decepções ela encontra em Athena (Ciara Riley Wilson), uma nova amizade.
Como a conexão entre as duas garotas é forte desde o início e a identidade de Kim como espiã não é um segredo na escola, ela decide treinar Athena para ajudá-la nas missões. Quando a amiga se mostra naturalmente habilidosa nas artes marciais, Kim começa a se sentir ameaçada. No entanto, com a fuga de Dr. Drakken – um de seus rivais mais antigos – da prisão, a jovem precisa deixar seus ciúmes de lado e mergulhar de cabeça na nova missão, pois o futuro da humanidade e daqueles que mais ama está mais uma vez em suas mãos.
Acasos do ocaso
A nova produção coreana da Netflix conta a história de um ator no ostracismo que acaba em um acidente que pode lhe custar a vida
Uma indústria multimilionária e muito concorrida, o ramo do entretenimento da Coreia tem chamado muita atenção do mundo todo nos últimos anos, como visto pelo fenômeno que se tornou o gênero de música k-pop. Sendo assim, se manter nos holofotes é algo que exige muito esforço e oportunidades de trabalho, algo que o protagonista do filme "O Perfeito Sr. Cha" não tem conseguido realizar com muito sucesso. É com essa premissa que a produção coreana – mais um original da Netflix – faz sua estreia no dia 1º de janeiro.
O filme conta a história de Cha In-Pyo, um ator muito famoso nos anos 1990 que, apesar de ter uma fama de homem perfeito, atualmente enfrenta dificuldades em se manter relevante. Porém, sua vida vai tomar um rumo inesperado quando o prédio da academia que frequenta desaba em cima dele. Soterrado pelos escombros, a preocupação inicial de Cha é com o fato de estar nu, já que estava saindo do banho no momento do desastre. Afinal, como um ator que nunca tinha feito nenhuma cena de nudez em sua carreira conseguiria manter a sua aparência de cavalheiro depois de aparecer nos jornais sendo resgatado sem roupas?
Interessantemente, "O Perfeito Sr. Cha" é protagonizado pelo ator Cha In-Pyo, em uma versão ficcional de si mesmo, algo muito diferente de qualquer um de seus trabalhos anteriores. Assim, além de compartilharem o mesmo nome, as personalidades de ambos – personagem e ator – se misturam em uma criação muito divertida e interessante, que consegue retratar de forma descontraída uma face um tanto sombria da indústria do entretenimento, que dá cada vez menos oportunidades aos atores conforme vão envelhecendo, e como essa realidade mexe com o psicológico de uma pessoa, que se importa mais com as manchetes dos jornais do que com a sua própria sobrevivência.
Clique aqui para assistir ao trailer de “O Perfeito Sr. Cha”.
