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quarta-feira, 27 de julho de 2016
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Guerra do tráfico na fronteira faz ministra da Justiça do Paraguai cair


Uma tentativa de fuga com utilização de explosivos e a transferência do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão podem ter motivado a demissão da ministra da Justiça do Paraguai Carla Bacigalupo. As informações são do jornal ABC Color.
Pavão é suspeito de ser o mandante da morte do traficante Jorge Rafaat Toumani, que atuava principalmente na fronteira entre Brasil e Paraguai, em Pedro Juan Caballero. A execução foi encomendada com o objetivo de dominar o tráfico de drogas e armas na região.
Em nota publicada na noite de ontem (26), o presidente paraguaio Horacio Cartes confirmou a demissão de Carla Bacigalupo Plana e nomeou Éver Martínez Fernández para ocupar o cargo.
Os motivos não foram divulgados, mas as informações de bastidores são de que a transferência do criminoso gerou mal-estar político. Isto porque a mudança ocorreu sem autorização judicial.
A ministra já havia solicitado ao presidente Cartes a transferência dos presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) para outro presídio, mas o pedido fora negado pelo juiz Rubén Ayala Brun.
TENTATIVA DE FUGA
Na segunda-feira (25), agentes penitenciários encontraram explosivo próximo a uma das paredes do presídio de Tacumbú, onde Pavão cumpria pena. Eles descobriram que o plano era facilitar a fuga de vários detentos. Dentro do estabelecimento penal foi encontrado um pacote com 800 gramas de explosivos.
Agente penitenciário viu algo queimando e quando se aproximou percebeu que era o fusível de bomba. O artefato estava em garrafa de leite com gel explosivo e o detonador estava do lado de fora do presídio, pronto para ser acionado.

Segundo especialistas, o explosivo é o mesmo usado em pedreiras e faria um buraco na parede por onde passariam criminosos ligados ao PCC.
Essa hipótese foi levantada porque o gel explosivo é caro e só poderia ter sido financiado por presos de maior poder aquisitivo.
Depois de descoberta a tentativa, pente-fino foi realizado no presídio. A polícia paraguaia informou que agentes penitenciários teriam facilitado a entrada dos explosivos.
As investigações agora são para saber quem arquitetou e quantas pessoas participaram do plano de fuga. Mas as informações preliminares são de que a ação foi idealizada e financiada por Pavão.
Policiais fazem escolta de Jarvis Chimenes Pavão. Foto: Divulgação / ABC Color
TRANSFERÊNCIA

Logo depois de escândalo envolvendo a tentativa de fuga no Presídio de Tacumbú, autoridades ligadas à Segurança Pública do Paraguai levantaram a possibilidade de transferir Pavão para outro estabelecimento penal.
O local escolhido foi o “La Agrupación Especializada de Policía Nacional”, onde cumprem pena criminosos de alta periculosidade, além de policiais e ex-militares condenados.
Em princípio, juiz negou o pedido alegando que, por questões de segurança, Pavão deveria continuar no Presídio de Tacúmbu. Mas ele acabou sendo levado para o outro presídio, considerado de segurança máxima, na noite de terça-feira (26), mesmo sem a autorização judicial.
Hoje de manhã, a defesa de Pavão entrou com ação para ele permanecer em Tacumbú, mas o pedido foi negado pela Justiça. Ele foi transferido porque é apontado como um dos responsáveis pela entrada de dinamites no presídio.
O jornal ABC Color informou que a advogada do narcotraficante, Laura Casuso, alegou que Pavão foi ameaçado de morte por suposto oficial que cumpre pena no presídio especializado. O nome do ex-policial não foi informado.
Jarvis Chimenes Pavão foi condenado a oito anos de prisão por tráfico de drogas. Ele ainda precisa cumprir um ano e seis meses da pena e, até o momento, não há negociações para extradição dele para o Brasil.
GUERRA DO TRÁFICO
Pavão também é apontado como um dos mandantes do atentado contra o também narcotraficante Jorge Raffat Toumani, 56 anos. Segundo informações da polícia, ele, que estaria ligado à facção do Primeiro Comando da Capital, teria se aliado ao Comando Vermelho (CV) para controlar o tráfico de drogas e armas na fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã.
Inclusive, Pavão é natural de Mato Grosso do Sul e nasceu em Ponta Porã.
Rafaat foi morto em emboscada no cruzamento da Avenida Teniente Herrero com a Rua Elisa Lynch, em Pedro Juan Caballero, no dia 15 de junho.. O carro dele foi cercado por pistoleiros e o tiroteio teve duração de quatro horas.
Rafaat morreu depois de seu carro blindado ter sido atingido por mais de 200 tiros de armamento militar de calibre .50, armamento capaz de derrubar aviões ou helicópteros.
quarta-feira, 27 de julho de 2016

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