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quinta-feira, 24 de setembro de 2015
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

'Cafezinho' era gentileza da secretária se referir a encontros, diz defesa


Elza Amaral, secretária do empresário João Alberto Krampe Amorim, proprietário da Proteco Construções, prestou depoimento nesta quinta-feira (24) ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgão vinculado ao Ministério Público do Estado deMato Grosso do Sul (MP-MS).
O advogado de Elza disse que ela não era responsável pelos pagamentos de propina e que apenas fazia agendamento de encontros pedidos por Amorim. Sobre o termo 'cafezinho' a defesa alega que era uma forma gentil dela se referir aos encontros.
A secretária chegou por volta das 9h (de MS) à sede do Gaeco, em Campo Grande, e não quis falar com a imprensa. Ela estava acompanhada por três advogados. Ela deveria ter prestado depoimento no início de setembro, mas Elza apresentou atestado médico alegando gravidez de risco.
Prédio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em MS (Foto: Reprodução/TV Morena)Sede do Gaeco em Campo Grande
(Foto: Reprodução/TV Morena)
Apontada como braço direito de Amorim, a secretária é apontada como responsável pelo pagamento de propina a empresários e servidores públicos em um esquema de fraudes em obras públicas, investigado na Operação Lama Asfáltica.
Essa operação, deflagrada em julho, teve gravações telefônicas feitas com autorização da Justiça revelando que fiscais de obras recebiam propina para fraudar as medições. Segundo a Polícia Federal (PF), o grupo chefiado por João Amorim, influenciava na escolha dos fiscais e direcionava os trabalhos conforme interesse. Os valores dos pagamentos eram maiores.
Nesta conversa, gravada em abril de 2014, Rômulo Menossi, diretor técnico da Proteco, liga para Elza pra combinar como aumentar os valores dos contratos.
Rômulo – Deixa subterrânea falar... nós vamos fabricar dinheiro.
Elza – Ai, que bom!
Rômulo – Só se fabrica dinheiro fazendo medição.
Elza – Sim.
A operação Lama Asfáltica acabou refletindo em outra operação, a Coffee Break, que investiga um esquema de compra de votos na cassação do mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). O então vice-prefeito Gilmar Olarte (PP) assumiu em seguida. A investigação aponta que o proprietário da Proteco influenciou na cassação.
O Gaeco ainda aguarda a relação de pagamentos de todos os vereadores citados na operação Coffee Break. Esse pedido foi feito à Câmara Municipal. A ideia é confrontar os ganhos no Legislativo Municipal com os valores encontrados nas contas dos vereadores. A próxima etapa é analisar o resultado da perícia feita em aparelhos celulares que deve ser concluído na próxima semana.
Polícia Federal na Secretaria de Obras do governo de MS (Foto: Cláudia Gaigher/ TV Morena)Polícia Federal na Secretaria de Infraestrutura em
MS (Foto: Cláudia Gaigher/ TV Morena)
Lama Asfáltica
A operação Lama Asfáltica foi deflagrada em 9 de julho, cumprindo 19 mandados de busca e apreensão em residências de investigados e em empresas. A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal também foram à Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).
Funcionários não puderam entrar para trabalhar e foram dispensados. Na época, o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, informou que quatro servidores foram afastados.
Em nota, a assessoria do governo do estado disse que a operação não tem relação com a atual gestão e que o Executivo está “totalmente à disposição” para apoiar a investigação e vai acompanhar a evolução das apurações.
Conforme a Receita Federal, as investigações que resultaram na operação Lama Asfáltica começaram há dois anos. Naquela época houve a suspeita de que importante empresário do estado e pessoas ligadas a ele estaria corrompendo servidores públicos, fraudando licitações e desviando recursos públicos.
João Amorim ao sair da Polícia Federal  (Foto: Maria Caroline Palieraqui/G1 MS)Empresário João Amorim, proprietário da Proteco
(Foto: Maria Caroline Palieraqui/G1/ arq. 9.07.2015)
De acordo com divulgado pela Receita, o grupo agia voltado a licitações. A suspeita é de que empresários recebiam valores supostamente superfaturados e, em contrapartida, repassavam parte dos lucros que, por sua vez, eram entregues a servidores coniventes com tal direcionamento e com os sobrepreços.
Segundo a PF, os prejuízos aos cofres públicos somam, aproximadamente, R$ 11 milhões, de um montante de R$ 45 milhões fiscalizados. Foram identificadas ainda vultuosas doações de campanhas à candidatura de um dos principais envolvidos.
Nos dois anos de investigação foram encontrados indícios de prática de diversos crimes, tais como sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e fraudes à licitação. Segundo a PF, a suposta organização criminosa atua no ramo de pavimentação de rodovias, construção de vias públicas, coleta de lixo e limpeza urbana, entre outros.
 
Montagem mostra Gilmar Olarte e Mario Cesar (Foto: Reprodução/TV Morena)Montagem mostra Gilmar Olarte e Mário César
(Foto: Reprodução/TV Morena)
Coffee Break
A operação Coffee Break foi deflagrada em 25 de agosto, e cumpriu 13 conduções coercitivas, quando a pessoa é levada obrigatoriamente a prestar depoimento. O nome desta nova ação, inclusive, conforme o coordenador do Gaeco, o promotor de Justiça, Marcos Alex Vera de Oliveira, é uma referência ao “cafezinho”, que seria como os suspeitos da outra operação se referiam ao pagamento de propinas.
O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), e o presidente da Câmara Municipal, Mário César Fonseca (PMDB), foram afastados dos seus cargos no mesmo dia, em razão da suspeita de corrupção ativa e passiva na votação da Câmara que cassou o mandato do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), em março de 2014.
O vice-presidente da Câmara, Flávio César (PT do B), chegou a anunciar que assumiria a chefia do Executivo durante pronunciamento. Entretanto, durante a tarde de 25 agostom por 2 votos a 1, os desembargadores da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) determinaram a volta de Alcides Bernal à chefia do Executivo campo-grandense.
quinta-feira, 24 de setembro de 2015

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