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segunda-feira, 26 de maio de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Gigantes chineses de tecnologia e internet estão chegando


No futuro próximo, é possível que os brasileiros usem o buscador Baidu para dirimir dúvidas sobre um assunto qualquer e, em seguida, migrem para o Alibaba, maior varejista on-line do mundo, para uma comprinha. Podem ainda convidar os amigos, via WeChat, para uma disputa de games na plataforma NetEase. Tudo isso, a partir de um smartphone da Xiaomi. Quem torna possível esse cenário é um grupo de gigantes de tecnologia e internet chineses que agora dá passos igualmente grandes fora do mercado doméstico. Usuários de todo o mundo — especialmente de nações emergentes — vão se acostumar a novos rivais de marcas tradicionais como Google, Amazon e WhatsApp.
O Alibaba está entre os gigantes chineses que flerta com o mundo fora da muralha doméstica. Envolvida no processo que vai levá-la à abertura de capital na bolsa de valores de Nova York, o que deve ocorrer no segundo semestre, a companhia diz que Brasil e Rússia, entre os emergentes, e também os Estados Unidos são prioridades para o grupo. "O Brasil é um dos principais mercados para nós", diz Silvia Muller, gerente de marketing para o país. Por aqui, a companhia atua com o selo AliExpress. Em março, segundo dados da comScore, mais de 11 milhões de brasileiros visitaram a "lojinha" eletrônica chinesa, quase metade de seu maior concorrente em solo nacional, o Mercado Livre.
O Baidu, buscador que controla mais de 60% do mercado chinês, deve lançar a versão brasileira de sua ferramenta no segundo semestre deste ano. O objetivo não é, por ora, brigar pelo usuário do Google ou do Bing (relativamente poucos nesse último caso, diga-se). A ideia é oferecer uma solução didática para os novos e os futuros usuários da rede. Afinal. só entre as pessoas que ainda não chegaram à internet, há um grupo de 4,4 bilhões de potenciais consumidores, segundo relatório da ONU.
"Os gigantes chineses sabem bem que as nações emergentes como Brasil têm muito a oferecer", diz Alberto Luiz Albertin, coordenador do Centro de Tecnologia e Informação Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV). "Essas companhias podem ganhar credibilidade junto ao público que está chegando à rede, especialmente se puderem oferecer preços competitivos." Bom preços, eis uma tradição chinesa.
Antes de desembarcar no Brasil, o Baidu mapeou oportunidades, mas também os desafios. "Temos que compreender como tornar nossos produtos relevantes, adaptá-los e personalizá-los para os novos consumidores", diz Yan Di, diretor-geral do Baidu no Brasil. O ponto de partida é uma análise do comportamento e das preferências dos usuários. "Os serviços de e-commerce chineses precisam se adequar à realidade da infraestrutura das nações onde pretendem operar e também aos padrões de exigência dos consumidores locais", diz Will Tao, analista da iResearch, consultoria especializada no mercado chinês. "Todos dizem que na internet não há fronteiras, mas para as pessoas responsáveis pela gestão dos serviços on-line essas fronteiras existem."
O paladar local não é a única diferença imposta aos chineses. Há também questões regulatórias. A primeira é a censura. Pequim vigia e controla ostensivamente os conteúdos que circulam pela rede em seu território. O Baidu, entre outros, é obrigado a operar de acordo com as diretrizes oficiais filtrando resultados de busca. Pesquisas a consultas sobre a Praça da Paz Celestial, por exemplo, jamais trariam informações sobre o massacre promovido em 1989 pelo governo em resposta a um protesto pacífico. Impossível operar da mesma maneira fora da China e agradar a freguesia.
Os gigantes precisam ainda se adequar à regulação de mercado. Quando operavam exclusivamente em uma economia controlada pelo Estado, pouco se sabia sobre as empresas. Ao darem passos para além do controle de Pequim, as companhias têm de aumentar a transparência. Isso vem gradualmente sendo feito, à medida, por exemplo, que as gigantes chegam às bolsas de valores. O Baidu em 2000, ao estreiar na Nasdaq, a bolsa da valores de tecnologia. O Alibaba, em breve, na bolsa de Nova York. Resta, por fim, a questão da qualidade. Conseguirão as companhias oferecer produtos e serviços à altura dos desejos dos novos consumidores? "A maioria das empresas na China oferece produtos com padrão de qualidade internacional. O WeChat, por exemplo, pode competir com qualquer outro concorrente global", diz Will Tao.
Veja
segunda-feira, 26 de maio de 2014

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