Cerca de 400 pessoas, entre mascarados e ex-ocupantes do prédio da Oi, protestam em frente à sede da prefeitura do Rio, no Centro, desde as 15h30 desta terça-feira (15). Por volta das 19h30, uma passeata contra a Copa do Mundo, iniciada na Candelária, chegou ao local e se juntou à manifestação. Às 20h, a pista central da Avenida Presidente Vargas, estava interditada, mas foi liberada às 20h20. A estação do metrô Cidade Nova também chegou a ser fechada por motivos de segurança, segundo a concessionária, e foi reaberta 10 minutos depois.

Mais cedo, de acordo com o comando do 5º BPM (Centro), um grupo de ativistas rumou à Central do Brasil, onde alguns manifestantes começaram a apedrejar um ônibus, sendo impedidos pela Polícia Militar. Guardas Municipais acompanhavam o grupo.

Policiais Militares do 4º BPM (São Cristóvão) e do Batalhão de Choque continuaram em frente à prefeitura, onde permaneciam cerca de 100 pessoas. Segundo o Metrô Rio, o acesso à estação Central chegou as ser fechada, mas foi reaberta minutos depois.

A Avenida Presidente Vargas já havia sido fechada por volta de 12h10. O protesto é de ex-ocupantes do prédio da Oi, que foram expulsos do local na sexta-feira (11). Eles passaram três dias acampados em frente à prefeitura. Na tarde de segunda-feira (14), eles concordaram em ser cadastrados e foram levados para uma das unidades da Secretaria de Desenvolvimento Social, no Subúrbio. O cadastramento começou às 8h desta terça, no Cachambi,  também no Subúrbio, num centro de referência social do município.

Foram distribuídas 500 senhas. Na segunda, 373 pessoas foram cadastradas. Apenas cinco aceitaram ir para abrigos por não ter um lugar para dormir. A partir do cadastramento, a prefeitura vai analisar caso a caso e ver em que tipo de programa de governo cada um se encaixa, como o aluguel social ou o "Minha Casa Minha Vida". Muitos, no entanto, não aceitam o benefício e querem receber o aluguel social.

Mais de 1200 são cadastrados
Em dois dias de atendimento, mais de 1,2 mil famílias - participantes do grupo de ex-ocupantes do terreno da Oi - foram cadastradas pela Prefeitura do Rio. A informação foi dada, em nota, pela prefeitura após uma reunião, realizada nesta terça-feira (15), entre líderes do movimento, integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) e secretarias municipais.

No encontro, foi proposto para os ex-moradores da Favela da Telerj que eles apresentassem uma lista com as famílias que pretendem receber auxílio. O cadastro continuará sendo feito nesta quarta-feira (16) e a prefeitura vai analisar o perfil familiar de cada e essas pessoas serão atendidas conforme as prioridades.

O 5º Ato contra a Copa realizado em São Paulo terminou nesta terça-feira (15) com manifestantes detidos após duas agências bancárias serem alvo de vandalismo na Avenida Vital Brasil, na Zona Oeste de São Paulo. As detenções ocorreram dentro da Estação Butantã da Linha 4 Amarela do Metrô.

Às 22h30, a PM informou que 54 pessoas foram presas. Os jovens foram levados em dois ônibus para o 14° Distrito Policial. "Muitos foram detidos por atos de depredação", disse o major Genivaldo Antônio, que comandou a operação. Cerca de 800 policiais militares acompanharam a manifestação.

Não foram registrados confrontos entra a PM e os manifestantes. De acordo com a concessionária Linha 4 do Metrô, não foram registrados vandalismos dentro da estação.

Concentração no Masp
A concentração para o ato foi realizada no Masp, na Avenida Paulista, às 18h. Mesmo com chuva leve, cerca de mil manifestantes seguiram pela Avenida Rebouças até chegar às imediações da Avenida Vital Brasil. No caminho, não foram registrados incidentes. O grupo chegou a realizar o tradicional jogral de encerramento, destacando queixas contra a precariedade do sistema público de saúde.

Por volta das 21h30, após o começo da dispersão, dois bancos foram depredados na Avenida Vital Brasil. Manifenstantes correram em direção à Estação Butantã e foram seguidos pela PM. A Tropa de Choque chegou a cercar as entradas com escudos.