DEPUTADOS RACISTAS! FORA!
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) acabou de declarar ao Poder Online que se um filho seu quiser casar com uma mulher negra, ele até não vê problema, mas…não pode ser a cantora Preta Gil, a qual o parlamentar atribui um comportamento “promíscuo”.
Bolsonaro fez a declaração ao tentar explicar que, ontem, ao responder a uma pergunta de Petra Gil, teria se expressado mal porque, segundo ele, entendeu que a pergunta era sobre casamento gay.
Na noite dessa segunda-feira, durante o programa CQC, exibido pela Band, o deputado Jair Bolsonaro, conhecido por suas opiniões polêmicas, foi entrevistado por uma série de pessoas sobre assuntos como homossexualidade, cotas raciais etc, incluindo Preta Gil. A cantora perguntou para o deputado o que ele faria se um de seus filhos namorasse uma mulher negra.
Ele respondeu: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”. Ao saber do que havia sido exibido na atração, a cantora entrou em contato com o Dr. Ricardo Brajterman, seu advogado. Em entrevista à coluna, ele conta quais as decisões que escolheram tomar neste caso.
“Estamos, a princípio, preparando uma representação junto ao Ministério Público para que ele seja punido pelos crimes de preconceito, intolerância racial e racismo”, contou.
“Além disso, vamos enviar uma notificação para a Câmara dos Deputados para que a Comissão de Ética e Direitos Humanos tome uma providência com relação às atitudes do deputado. E também será aberta uma ação no nome da própria Preta Gil de reparação por danos morais.”
Outro caso essa semana
Ofensa seria chamar ministro de "loiro", diz Júlio Campos
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"Ofensivo seria se o chamasse de loiro, de alemão ou algo do tipo, e não moreno escuro. Aí sim, seria gozação. Mas, nunca vou fazer isso", disse o deputado federal Júlio Campos (DEM), sobre o episódio em que chamou de "moreno escuro" o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar democrata ficou no "olho do furacão", na semana passada, ao se referir ao ministro do Supremo pela cor da pele, durante uma reunião da bancada do partido, na Câmara Federal. A atitude provocou constrangimento entre os seus próprios colegas de Parlamento e ganhou repercussão negativa na imprensa nacional.
Em entrevista ao MidiaNews, durante uma solenidade no Palácio do Governo de Mato Grosso, Julinho, como é conhecido no meio político o líder democrata, reforçou a tese de que não houve preconceito na declaração sobre o ministro da Suprema Corte.