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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

'Não contrato preto, gordo, petista, feminista e vi4do', diz cabeleireiro em áudio vazado (vídeo)

 


Um homem denunciou, nessa segunda-feira (6), o cabeleireiro Diego Beserra, bastante conhecido, que atua em São Paulo e que tem milhares de seguidores nas redes sociais, por racismo, entre ouros absurdos. Na mensagem, Diego diz que não contrata “gordo, petista, preto, feminista e viado”. O Ministério Público de SP investiga o caso. 

As falas racistas e as ofensas foram ditas a um colega de profissão, que pretendia contratar uma auxiliar negra, obesa e com cabelos curtos. A defesa do cabeleireiro afirma que a conversa foi tirada de contexto.O áudio de Diego foi enviado nesse contexto. “Falei para ele [Diego] que a moça não iria trabalhar mais porque ela recebeu outra proposta. A resposta dele foi esse áudio”, conta Jeferson.

Segundo o site Pragmatismo Político, a mulher que foi citada no áudio diz que se sentiu constrangida na presença de Diego: “A cara que ele fazia me olhando, como se tivesse nojo de mim [...] soube do áudio após a repercussão e fiquei arrasada quando ouvi.”O áudio teria sido enviado ao também cabeleireiro Jeferson Donelas, que alugava parte do salão de Diego no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo, onde atendia suas clientes, ainda no dia 12 de janeiro, quando estava prestes a contratar uma mulher negra, gorda e com cabelos curtos, para ser sua auxiliar, mas ela recusou a vaga de última hora. 

Absurdos verbalizados

No áudio, Diego diz: "Eu coloquei uma regra 'pra' mim. Eu não contrato gordo, petista e não contrato preto. No caso do preto, alguns se fazem de vítima da sociedade. No caso da mulher tem duas coisas. Gorda e preta. Ela não cuida nem do próprio corpo. Como vai ter responsabilidade na vida?", diz o homem. 

Não satisfeito na quantidade de absurdos que falou, ele ainda prosseguiu. "Essas minas que usam cabelo curto é [sic] feminista. A gente não sabe. Eu não sei. Não 'tô' generalizando, dizendo que todas são, mas tem uma grande probabilidade de ser feminista. Feminista é um saco, mano! Você não pode falar nada. Esqueci de falar, mano. Não contrato mais viado. Só se a pessoa estiver mentindo."

O Pragmatismo conta que Jeferson fez um boletim de ocorrência. "Meu psicológico está abaladíssimo. É muito triste ouvir uma coisa dessas", afirma. Ele foi procurado por Diego pedindo um acordo sobre o caso e dizendo que estaria disposto a uma retratação.

O cabeleireiro acusado tem, pelo menos, dois perfis em redes sociais com milhares de seguidores. Após a circulação dos áudios, as redes foram fechadas.

O site comenta que Jeferson Dornelas vai depor na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, em São Paulo. Ele afirma que pretende, apenas, dar sequência na ação penal, sem intenção de indenização.

Lei

Segundo a lei que tipifica crimes de discriminação e preconceito de raça, atualizada em 2023, a situação pode configurar crime por “negar ou obstar emprego em empresa privada”.

O texto prevê que o juiz do caso deve considerar discriminatória qualquer atitude ou tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida, e que usualmente não se dispensaria a outros grupos em razão da cor, etnia, religião ou procedência.

Também há entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a equiparação da homofobia ao crime de racismo. A pena pode variar, segundo o Código Penal, de dois a cinco anos de detenção. As mudanças na lei foram sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro, no mesmo em que as mensagens de WhatsApp deste caso foram trocadas.

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

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