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domingo, 31 de julho de 2022
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Pecuarista é assassinada em MS por domésticas e irmã é suspeita de ter sido mandante; briga por herança

 


Uma briga pela herança milionária do pecuarista Ocídio Pavão Flores e Joana Aquino Flores, donos de vasto patrimônio no Mato Grosso do Sul, incluindo imóveis rurais e urbanos, gados, maquinários e empreendimentos pode ter sido o motivo do assassinato de Andreia Aquino Flores, 38, em um condomínio de luxo na cidade de Campo Grande esta semana. A suspeita é que sua irmã, Jussara Aquino Flores tenha sido a mandante. Seu nome foi citado pela empregada doméstica Lucimara Rosa Neves, presa por arquitetar o crime.

Ocídio morreu em janeiro de 2013 em Dourados em decorrência de infarto sofrido em março de 2012. Ele chegou a ser tratado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, recebeu alta para ser tratado em casa, mas meses tentando recuperação não resistiu.

A viúva, Joana, ainda reside em Ponta Porã e assim como a irmã Jussara, Andreia morava em Campo Grande.

Andréia era divorciada e morava sozinha e foi morta asfixiada pelo cunhado de sua empregada doméstica, Lucimara Rosa Neves, 43 anos, que teria sido ‘contratada’ para dar um ‘susto’ e forçar a patroa a assinar um contrato, com carta branca para a forma como agiria. 

A irmã da vítima, Jussara Aquino Flores, teria oferecido R$ 50 mil para que ela convencer Andréia de assinar o documento.Lucimara e sua filha, Jessica Neves Antunes, 24 anos eram funcionárias da vítima e foram presas na manhã desta sexta-feira (29). A polícia segue procurando o cunhado de Lucimara, identificado como Pedro Benhur Ciardulo que teria sido o autor do assassinato.

O plano

No dia anterior ao crime, quarta-feira (27), Lucimara procurou o cunhado, Pedro Ben-Hur, e planejou o crime prometendo a quantia de R$ 20 mil ao comparsa. Na quinta-feira (28), as empregadas foram até o atacadista sob pretexto de fazer compras. 

No local, destravaram o veículo para colocar as compras no porta-malas, quando Pedro entrou no veículo Compass.

Segundo investigadores que tiveram acesso às imagens de câmeras de segurança do estacionamento do atacadista, era impossível que as duas não tivessem visto o homem entrando e sentado no banco traseiro.

Em seguida, o trio seguiu até o condomínio e no trajeto comprou uma arma de brinquedo. Posteriormente, parte dela foi encontrada pela polícia na bolsa de Jessica. Lucimara contou ainda que a filha sabia da encenação de assalto, mas quando o crime foi colocado em ação, tudo saiu do controle e a jovem entrou em desespero.A tensão fez Andreia reagir e Pedro a esganou até que ela desmaiasse. Ao verem a patroa desacordada, Lucimara e Pedro tentaram jogar água no rosto da vítima para acordá-la, mas sem sucesso, quando perceberam que ela estava morta.

 Em seguida, os três pegaram o corpo e levaram ao andar superior, onde Andreia foi colocada em cima da cama. Para encobrir o crime, eles chegaram a amarrar Andréia depois do assassinato e colocá-la na cama. No entanto, o corpo estava molhado, mas o colchão não, o que levantou suspeita dos investigadores.Depois, Lucimara pegou o Jeep e levou Pedro até a casa dele, no Bairro Tiradentes, retornando para o condomínio e pedindo socorro.

Foi então que mãe e filha inventaram a história de que foram vítimas de uma dupla de assaltantes para tentar ludibriar a polícia, mas a trama foi esclarecida pela polícia em menos de 24 horas.

O crime

Segundo o delegado da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), Francis Flávio Freire, os primeiros depoimentos prestados pelas funcionárias pareceram muito fantasiosos, o que fez com que equipes investigassem as informações prestadas por elas. 

Para a polícia, as mulheres disseram inicialmente que foram rendidas em um supermercado atacadista, onde faziam compras para a patroa. Elas disseram que estavam em um veículo que era de Andreia.Segundo as funcionárias, quando voltaram para o carro, encontraram dois homens já no veículo. 

Neste momento, as mulheres foram questionadas pela polícia se o carro estava trancado, mas não souberam responder. 

Desconfiados por causa da imprecisão das informações fornecidas pelas mulheres, os policiais verificaram as câmeras de segurança do estacionamento do atacadista e descobriram que antes de finalizar as compras, as mulheres destravaram o veículo usando um controle remoto para que um homem entrasse. 

Confrontadas com as informações falsas, elas acabaram revelando o verdadeiro envolvimento no crime. 

Em um novo depoimento, a mulher de 43 anos contou que havia convidado o cunhado para simular um roubo contra a patroa. Disse ainda que foi ele quem entrou no carro no estacionamento do atacadista e que durante o trajeto até a casa de Andreia eles pararam em uma loja para comprar uma arma de brinquedo.

Após a morte de Andreia, os envolvidos criaram uma história para tentar enganar a polícia. Antes de deixar o local, o assassino ainda levou alguns pertences da vítima. As mulheres foram presas em flagrante pelo crime de latrocínio. Equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) seguem as investigações para localizar e prender o outro envolvido no crime.

Jessica disse que a morte foi inesperada

Pedido de habeas corpus

Jéssica Neves Antunes pediu liberdade provisória durante a madrugada deste sábado (30), alegando ter pedido para Pedro ‘parar’ de asfixiar a vítima.

Conforme o documento anexado pelo advogado Raphael Augusto Cândido de Souza, a suspeita diz que teria sido orientada a comprar um boné, cigarros e ainda um simulacro de arma para simular o roubo, mas que não esperava que a patroa fosse ser asfixiada até a morte. O advogado destaca ainda que Jessica pediu para que Pedro Benhur Ciardulo, suspeito de matar Andréia, parasse com o ato.“Ela pediu para Pedro ‘parar com aquilo, pois a mataria se continuasse”, informa a defesa. Mesmo ciente de toda ação, a morte da pecuarista não teria sido imaginado pela acusada.

Envolvimento da irmã

A ideia de simular o roubo surgiu há 15 dias, explicou Lucimara em depoimento à polícia, quando a irmã de Andreia, Jussara, lhe propôs pagamento de R$ 50 mil para que convencesse a patroa a assinar um documento, “usando os meios que quisesse”. As irmãs tinham uma briga relacionada a cabeças de gado.

Segundo a governanta, a irmã da patroa, contudo, não sabia detalhes do plano. A intenção, alega Lucimara, era lucrar algum dinheiro com o assalto e depois, fazer Andreia acreditar que a irmã havia enviado o criminoso como uma ameaça de morte.

Lucimara e a filha, Jéssica Neves Antunes, de 24 anos, deram detalhes da relação próxima que tinham com a vítima e alegaram que, por isso, a intenção não era matá-la. A ideia era que as duas fingissem ter sido feitas reféns por um assaltante em supermercado para lucrar com “susto” dado em Andreia, mulher de posses, herdeira de pecuarista conhecido na fronteira.Antes de trabalhar para Andreia, Lucimara trabalhou para a irmã da patroa, de 40 anos. Jéssica contou que conhecia a vítima desde criança e que há três anos, passou a trabalhar como diarista nas casas onde a mãe exercia a função de confiança.

Ela revelou ainda que tinha dívida de R$ 4 mil e que a patroa havia se prontificado a ajudá-la a pagar, como em outras ocasiões que contribuiu para a governanta quitar débitos com agiotas.Dada à extrema confiança, Lucimara era cadastrada no condomínio onde Andreia vivia como moradora. Mãe e filha também recebiam com frequência transferências de dinheiro da patroa e como a conta bancária da vítima tinha bloqueio contra fraudes, as contas das duas tinham registro em aplicativo para Pix da pecuarista como contatos favoritos.

Ocídio Pavão deixou uma herança milionária

Herança milionária

Quase 10 anos após a morte de Ocídio, o espólio segue sem ser finalizado. Na Justiça há várias ações acerca da herança. Isso porque Andreia tinha três irmãos, sendo uma por parte de pai e mãe e outros dois, ainda crianças, filhos do pai com outra parceira.

A divisão de bens, que inclui desde relógio da marca Rolex de ouro 18 quilates até fazendas avaliadas em milhões, se arrasta há uma década devido à logística da família. Segundo consta em uma das ações, o patriarca iniciou novo relacionamento em 2005 com mulher residente em Ponta Porã.Da relação nasceram duas crianças, que ainda estavam na primeira infância quando o pai morreu. A mãe de Andreia ingressou com processo pedindo o divórcio, mas, sem resolução do caso, integra o espólio como viúva.

Com a segunda companheira ele mantinha união estável, também de acordo com o que aparece nos autos. Além da judicialização do espólio, Andreia movia ação contra a mãe e a irmã devido à partilha de bens.

Sobre a morte de Andreia, a advogada Ildália Aguiar de Souza Santos disse que “a família vai se manter em silêncio” e que vai aguardar a investigação transcorrer para atuar de alguma outra forma. A suspeita é de latrocínio.

Com informações do G1, CampoGrandeNews e JD1

domingo, 31 de julho de 2022

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