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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Dinheiro público bancou 80 mil garrafas de cerveja e 700 toneladas de picanha para as Forças Armadas

 


Um grupo de sete deputados do PSB protocolou nesta semana uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR), denunciando “uso de recursos com ostentação e superfaturamento” por parte das Forças Armadas.  

Os parlamentares juntaram dados de compras públicas, e com base nestes relatórios, acusam as Forças Armadas de comprarem toneladas de picanha, milhares de litros de cerveja, e centenas de latas de Skol Beats.  

O documento endereçado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, inclui gastos exorbitantes com itens para churrasco, tais como carne, cerveja e carvão.

A denúncia foi encaminhada semanas depois de outra revelação de gastos das Forças Armadas: com leite condensado e chiclete.  

Ela é assinada pelos deputados Elias Vaz (PSB-GO), Alessandro Molon (PSB-RJ), Denis Bezerra (PSB-CE), Lídice da Mata (PSB-BA), Camilo Capiberibe (PSB-AP),  Bira do Pindaré (PSB-MA) e Vilson da Fetaemg (PSB-MG), e foi movida semanas após a imprensa revelar dados sobre os gastos do governo federal com comida.

Os deputados do PSB indicam sobrepreço de até 60% do preço de itens adquiridos pelas Forças Armadas.

 

3 mil garrafas de Heineken

Os parlamentares dão alguns exemplos dos gastos que consideram “exorbitantes”. Em 2020, em um pregão eletrônico feito para o 38º Batalhão de Infantaria, foram compradas 500 garrafas da cerveja Stella Artois a R$ 9,05 cada.

Neste mesmo certame, o batalhão ainda adquiriu 3.000 garrafas de Heineken, a R$ 9,80 cada.  

Já a 23ª Brigada de Infantaria de Selva foi agraciada com 3.050 garrafas de Eisenbahn, a R$5,99.

“Verifica-se que a maioria dos processos de compras desses produtos seguiu o procedimento da licitação. A Administração Pública, portanto, teve a coragem de mover a estrutura federal para conduzir certames com o objetivo de comprar grande quantidade de cerveja”, argumentam os autores da representação.

O levantamento ainda indica que o Comando do Exército foi o maior comprador de picanha, um dos cortes mais nobres de carne bovina.  


 

 
 

Picanha a R$ 84,14 o quilo

Os dados do Portal da Transparência mostram que o órgão adquiriu 569,2 toneladas da iguaria. A Marinha adquiriu 88 toneladas. No total, 76 processos licitatórios garantiram a compra de 714 toneladas do corte.

Em um destes leilões, para a Diretoria de Abastecimento da Marinha, o valor da picanha foi de R$ 84,14 o quilo. Segundo os deputados, foram adquiridos 13.670 quilos da carne. Em outro,62.370 kg de miolo da alcatra foram comprados por R$ 82,37 o quilo.

“A compra desse produto não é crível em tempos de crise financeira, uma vez que este não é um corte para se comer no dia a dia diante de sua especialização e preço”, escrevem os autores da representação.

“Enquanto milhões de brasileiros sofrem com os efeitos trágicos da pandemia nos campos sanitário e financeiro, nossos militares consumem cortes nobres como a picanha e tomam cervejas, algumas especiais.”

O documento protocolado pelos deputados do PSB, inclui fotos de supermercados onde os preços aparecem muito menores que os registrados em leilão. Em uma delas, a foto mostra latas de Bohemia Puro Malte a R$ 2,59, valor 67% menor que os R$ 4,33 pagos pela 9ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército. Na ocasião, o batalhão adquiriu 1.008 latinhas.

Marinha e Exército não responderam às informações dos autores da denúncia.  

(Com Congresso Em Foco)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

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