Com homenagem ao "Pantera Negra", Hamilton domina e faz pole na Bélgica

O treino classificatório para o Grande Prêmio da Bélgica de amanhã (30) teve o total de zero novidades quando se fala de pole position. Com grande domínio de Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, a Mercedes fez dobradinha. Os dois pilotos largarão em 1º e 2º respectivamente. O britânico ainda fez a volta mais rápida da história do circuito e cravou a pole de número 93 da carreira.

Lewis Hamilton também fez uma homenagem ao ator Chadwick Boseman, que faleceu aos 43 anos, vítima de câncer de cólon. Ao sair de sua Mercedes, o britânico fez o famoso gesto em "X", de #WakandaForever, que Boseman eternizou como o Pantera Negra. "É realmente importante a pole position, porque acordei hoje com essa notícia triste [morte de Chadwick Boseman]. Na verdade é um ano de notícias muito ruins para todos, mas esta me afetou. Não foi tão fácil para mim focar no treino classificatório com isso no coração, mas tentei ir para a pista e ser o melhor possível, fazer o que ele fez pela nossa gente. Ele está na história e viverá para sempre", comentou Hamilton.

O destaque negativo da classificação ficou com a Ferrari: os dois pilotos foram eliminados na segunda parte da classificação e Charles Leclerc só não ficou pelo caminho no Q1 por 87 milésimos. O monegasco, que largou na pole e venceu na Bélgica ano passado, vai largar em 13º e Sebastian Vettel sai em 14º.

A expectativa é de que a corrida seja disputada sob chuva neste domingo, com largada às 10h10 da manhã, pelo horário de Brasília.

Confira o grid de largada do GP da Bélgica:

1º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min41s252
2º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min41s763
3º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1min41s778
4º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault) - 1min42061
5º - Alexander Albon (TAI/Red Bull) - 1min42s264
6º - Esteban Ocon (FRA/Renault) - 1min42s396
7º - Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren) - 1min42s438
8º - Sergio Perez (MEX/Racing Point) - 1min42s532
9º - Lance Stroll (CAN/Racing Point) - 1min42s603
10º - Lando Norris (ING/McLaren) - 1min42s657

Q2
11º - Daniil Kvyat (RUS/AlphaTauri) - 1min42s730
12º - Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri) - 1min42s745
13º - Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min42s996
14º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - 1min43s261
15º - George Russell (ING/Williams) - 1min43s468

Q1
16º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - 1min43s743
17º - Romain Grosjean (FRA/Haas) - 1min43s838
18º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - 1min43s950
19º - Nicholas Latifi (CAN/Williams) - 1min44s138
20º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - 1min44s314

Q3

A Mercedes de Lewis Hamilton voou na última etapa antes da definição do grid de classificação. Com o tempo de 1min41s451, o britânico cravou o tempo mais rápido da história do circuito. Antes, o recorde era de Sebastian Vettel, em 2018.

Quem surpreendeu no treino de classificação foi Daniel Riccardo, da Renault, que, com ótimas voltas, por pouco não fechou o grid de largada em 3º. Nos últimos segundos do treino classificatório, Max Verstappen, da Red Bull, cravou a terceira colocação com 1min41s778.

"Acredito que foi um final de semana positivo pra gente e amanhã será cheio de oportunidades...nunca sabemos o que pode acontecer", disse Verstappen depois de cravar a terceira posição.

Q1

A grande expectativa para a primeira parte da classificação era das mais inusitadas: será que a Ferrari conseguirá passar do Q1? O time só foi eliminado logo no início da definição do grid com ambos os carros apenas em duas oportunidades: Malásia 2010 e Inglaterra em 2013. Ambas as vezes, em classificações com chuva. Mas, neste sábado em Spa-Francorchamps, depois que os pilotos passaram todo o final de semana lutando com as Williams e Alfa Romeo nas últimas colocações, essa era uma possibilidade real e, desta vez, seria por falta de rendimento puro.

Isso porque o circuito de Spa-Francorchamps é ruim para a Ferrari em duas frentes: expondo a falta de potência do motor e o excesso de arrasto no carro, que também interfere na velocidade de reta.

Mas as Ferrari se salvaram de um vexame: por 87 milésimos, Charles Leclerc conseguiu ficar em 15º e escapou de ser eliminado. E Vettel acabou fazendo sua melhor volta do final de semana até ali para ser 13º no Q1. O segredo da Ferrari para passar adiante foi conseguir pegar o vácuo de outros carros. "Precisamos de vácuo. E o limite é tênue entre conseguir o vácuo e ficar no tráfego."

No final, não houve surpresas entre os eliminados: George Russell mais uma vez conseguiu passar para o Q2 com a Williams, enquanto Kimi Raikkonen ficou com o 16º posto, Romain Grosjean com o 17º, Antonio Giovinazzi com o 18º, Nicholas Latifi com o 19º e Kevin Magnussen, da Haas, errou na última volta e vai largar em último.

Eliminados Q1:
Raikkonen
Grosjean
Gioavinazzi
Latifi
Magnussen

Q2

Na segunda parte da classificação, as estratégias entram em jogo, já que os pilotos que passam para o Q3 precisam largar com o mesmo jogo de pneus com que fizerem o melhor tempo no Q2. Nas primeiras tentativas, as duas Mercedes, as duas Red Bull e as duas Racing Point tentaram fazer suas voltas rápidas com os médios, que seriam melhores para dar mais flexibilidade na estratégia de corrida. Mas as "Mercedes rosa" de Sergio Perez e Lance Stroll não conseguiram tempos bons o suficiente e tiveram que colocar os pneus macios para passar para a decisão do Q3.

Voltando à pista com o pneu macio, Alex Albon da Red Bull melhorou sua marca, a exemplo dos dois pilotos da Racing Point, que conseguiram se colocar no top 10, mas agora vão ter que largar com o composto que dá mais aderência, mas que resiste por menos voltas.

Com as "Mercedes rosa" melhorando, foram as duas AlphaTauri que acabaram sendo eliminadas no Q2 junto das duas Ferrari e de George Russell. "Não havia nada mais que eu pudesse fazer!", exclamou Charles Leclerc via rádio. A sexta fila foi fechada pelas AlphaTauri, com Daniil Kvyat à frente de Pierre Gasly pela primeira vez no ano, e a Ferrari só aparecendo na sétima fila.

Eliminados Q2:
Kvyat
Gasly
Leclerc
Vettel
Russel