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sexta-feira, 1 de maio de 2020
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Rio Verde e Bonito além de outros munícipios de MS, reagem à pandemia e tentam manter economias.

Foto: Paulo Sérgio



Após quase dois meses do início das medidas de precaução contra o novo coronavírus em Mato Grosso do Sul, as prefeituras do interior do Estado se movimentam para manter a economia local e, ao mesmo tempo, evitar que a população seja contaminada pelo vírus.
Cidades que têm grande fluxo de turistas, como  Rio Verde e Bonito, travaram as economias, praticamente. O salário dos servidores públicos é que ainda ajuda a manter algum dinheiro circulando nas cidades. Em Rio Verde, cidade com quase 19 mil habitantes e diversos balneários, o prefeito Mário Kruger (PSC) avalia maneiras de auxiliar o setor, que está proibido de atender sem data para voltar.
“São eles que sofrem mais, não podem receber hóspedes e não têm fluxo algum”, explica Kruger. Outra preocupação do prefeito são os jovens do município. “Temos de nos precaver, mas a população não ajuda. Jovens ouvindo som, tomando tereré. Isso vai piorar, não só aqui, mas em diversos municípios”, acredita. Rio Verde tem um caso de coronavírus confirmado.
Em Chapadão do Sul, município com dez casos confirmados, o prefeito João Krug (PSDB) fez apelo pessoal aos comerciantes para que não haja demissões. “O comércio local é muito forte e sabemos que podem ter problemas. Eu conversei para que, por enquanto, não demitam os funcionários. Houve poucas demissões”. Como medidas administrativas, Krug realizou cortes em despesas extras para focar na folha de pagamento dos servidores e nos fornecedores já contratados pela prefeitura. “Recebemos menos repasses. Estamos com baixa circulação de dinheiro. A população está cortando gastos, também”.
Mesmo com as confirmações de casos na cidade, o prefeito não decretou fechamento dos comércios. “Não 'brecamos' tudo, são muitos comércios e o dinheiro tem que girar. Fechamos somente os bares, isso sim, para evitar aglomerações”. A prefeitura também antecipou as férias da rede municipal de ensino e, para evitar aglomerações em bancos, está fazendo pagamento dos salários em três etapas.
“Temos um comércio forte, e sabemos que eles vão sentir os problemas. Não temos noção de quando isso vai acabar, mas eu peço, pelos menos por enquanto, que não demitam os funcionários. Até o momento poucos foram demitidos, mas as pessoas estão cuidando de seu dinheiro neste momento de incertezas”, afirma. Chapadão do Sul tem cerca de 20 mil habitantes e a cidade é movimentada pelo agronegócio, principalmente a soja, milho e algodão.
Com quase 15 mil habitantes e nenhum caso registrado de Covid-19 até o momento, Nioaque tomou medidas mais restritivas como o toque de recolher. O comércio não teve restrições, de acordo com o prefeito Valdir Júnior (PSDB). “A baixa no comércio foi em torno de 40% e estamos aguardando a situação dos casos para aumentar ou diminuir as restrições”, avisa. Nioaque teve casos em investigação descartados e houve situações curiosas na cidade, como o Ministério Público Estadual interditando uma festa com 50 pessoas realizada por um assessor da prefeitura.
Outro destino certo de turistas, Bonito perderá R$ 15 milhões a cada mês do isolamento social. A informação é do secretário de Turismo, Indústria e Comércio do município, Augusto Mariano. “Recebemos turistas do mundo todo e esse dinheiro gira o comércio local. Tomamos medidas como prorrogar o IPTU e a distribuição de cestas básicas aos guias e transportadores (de turistas)”, revela. Segundo ele, ainda não houve muitas demissões no setor de hotelaria e a previsão é de que o mês de maio também seja de portas fechadas. “O setor acredita que não haverá demanda, mesmo que abram as portas”. Mariano espera que em seis meses o estrago seja recuperado. Não há casos confirmados de Covid-19 em Bonito, que no ano passado recebeu 200 mil turistas, 8% deles estrangeiros.
As medidas de isolamento e de fechamento, parcial ou não, das pequenas cidades é medida essencial para evitar que a doença se propague e a rede de saúde não consiga suportar os pacientes. Mesmo esse fato não traz a compreensão de ativistas, principalmente em Campo Grande, que realizaram protestos para reabertura e relaxamento das medidas, que acabaram sendo acatadas. Não é o que a ciência mundial recomenda. “Municípios sem casos suspeitos e confirmados têm de manter as medidas justamente para não ter contaminação”, ressalta a médica infectologista Márcia del Fabro.
O perigo da rede de saúde entrar em colapso é comprometer atendimentos que não sejam de Covid-19, como acidentes e urgências, entre outros. Vale lembrar que o Estado ainda mantém índices alarmantes de dengue, por exemplo.
Até o dia 1º de maio, de acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), foram 22.654 casos confirmados. Antes do coronavírus, a prefeitura de Campo Grande já havia declarado emergência por conta da dengue.
Auxílio
Os cofres estaduais e municipais podem receber um adicional de até R$ 13 bilhões para fazer a gestão da crise causada pelo Covid-19, dos quais R$ 8 bilhões são de municípios.
De acordo com a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), os prefeitos também devem acessar a verba não aplicada nos anos anteriores, o quanto antes e o gestor deve transferir o recurso para a conta movimento da saúde.
Neste sábado, o Senado vota pacote de auxílio aos Estados e municípios. De acordo com o texto, a União repassará R$ 60 bilhões a estados, Distrito Federal e municípios em quatro parcelas mensais e iguais, durante o exercício de 2020. Uma das medidas propostas pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em seu relatório é o congelamento dos salários de servidores públicos municipais, estaduais e federais até o fim do próximo ano, como contrapartida aos repasses da União a estados e municípios. A estimativa é que o congelamento resultaria em uma economia de cerca de R$ 130 bilhões.
Correio do Estado
sexta-feira, 1 de maio de 2020

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