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domingo, 18 de outubro de 2015
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Negociações de paz possam ser retomadas até o final do mês.



Aviões de guerra sauditas bombardearam alvos em Sanaa, capital do Iêmen, nesta quinta-feira (15), após rebeldes houtis terem atingido com um míssil Scud uma área em Khamis Mushayt, perto de uma base aérea da Arábia Saudita.
Os ataques sauditas tinham por alvo lançadores de mísseis e depósitos de armas.
A guerra no país tem gerado mortes crescentes de civis. O vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, disse que há uma "desesperadora necessidade" de acabar com o conflito e que espera que as negociações de paz possam ser retomadas até o final do mês.
Sete meses de ataques da coalizão liderada pela Arábia Saudita e combates em terra mataram 5.300 iemenitas, incluindo pelo menos 2.400 civis, segundo a Organização Mundial da Saúde. A coalizão luta contra os houtis, que recebem apoio do Irã, para recuperar Sanaa e outras áreas que capturaram no ano passado e restaurar o presidente reconhecido internacionalmente, Abdo Rabbo Mansour Hadi.
Meios de comunicação iranianos informaram que os houtis também haviam derrubado um caça F-16 da Arábia Saudita e capturado o seu piloto, mas não houve confirmação de Riad.
O príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, prometeu que a coalizão de nove membros, que inclui os Emirados Árabes Unidos, "vai se manter unida até o Iêmen recuperar sua identidade árabe e ser liberada de agressores".
ESQUECIDO
A situação no Iêmen é ofuscada pelo conflito maior e mais conhecido na Síria e se agrava pelo fato de como é visto –uma guerra por procuração entre a Arábia Saudita e o Irã, cuja longa rivalidade estratégica é recoberta por uma divisão sectária entre sunitas e xiitas.
"Negar que o Irã esteja apoiando os houtis no Iêmen é como negar que o Sol nasce no leste", afirmou nesta semana Adel al-Jubeir, ministro de Relações Exteriores saudita.
Mohamed al-Sayaghi/Reuters
Ataque da coalizão saudita no monte Nuqom, em Sanaa
Ataque da coalizão saudita no monte Nuqom, em Sanaa
Os sauditas recebem apoio dos seus aliados, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, que fornecem equipamentos militares e apoio de inteligência.
Mas diplomatas admitem de forma reservada que há uma inquietação crescente tanto no Ministério das Relações Exteriores como no Departamento de Estado dos EUA com a estratégia de Riad e as vítimas civis que provoca.
O Iêmen, com uma população de 23 milhões de pessoas, era o país mais pobre do mundo árabe muito antes da remoção do seu veterano presidente, Ali Abdullah Saleh, depois dos protestos populares de 2011.
Agora está vivendo o que a Oxfam chama de "a maior emergência esquecida" do mundo.
Agências humanitárias dizem que uma questão-chave é o bloqueio saudita de todos os principais portos e aeroportos, o que significa que as importações de alimentos têm problemas para entrar e a fome se agiganta, com 13 milhões de pessoas já definidas como "sem segurança alimentar" e 21 milhões de pessoas que necessitam de assistência.
Em Taiz, nas terras altas do Iêmen, houtis e forças aliadas leais a Saleh estão impedindo a passagem de alimentos, combustíveis e água, além do bloqueio naval liderado pela Arábia Saudita.
Não há água potável, e ela está sendo vendida no mercado negro, o que leva a surtos de dengue, de acordo com a organização Saferworld.
Hani Mohammed - 13.out.2015/Associated Press
Menino espera sua vez para encher garrafas de água em na periferia de Sanaa
Menino espera sua vez para encher garrafas de água em na periferia de Sanaa
Um relatório da Marinha dos EUA informou nesta semana que os navios de guerra da coalizão no porto de Hodeidah, no mar Vermelho, advertiram navios comerciais para se manterem afastados de áreas operacionais, mas um porta-voz da coalizão disse que inspeções eram necessárias para coibir tentativas de contrabando de armas para as forças houtis.
Os sauditas dizem que precisam de um vizinho estável para o sul e rejeitam as acusações de que estejam cometendo crimes de guerra.
"A coalizão visa restabelecer o governo iemenita legítimo e libertar o povo iemenita de um flagelo rebelde. A coalizão fará tudo o que estiver ao seu alcance para evitar ferir civis", insistiu o embaixador do país em Londres.
"O objetivo da coalizão é simplesmente instalar a paz e a ordem no Iêmen. Qualquer acusação de que os civis estão sendo intencionalmente atingidos é simplesmente propaganda que está sendo disseminada por aqueles que estão usando o Iêmen como uma plataforma para sua agenda violenta e revolucionária."
Mas os iemenitas enfrentam a guerra em desespero, e o conflito vem se mantendo com consequências terríveis antes e depois das negociações da ONU, em junho.
Os esforços recentes na capital de Omã, Mascate, resultaram em um plano de sete pontos que, espera-se, vai permitir uma nova rodada de avanços depois que os houtis sinalizaram estar de acordo.
"Hadi se recusa a falar, apesar de os houtis terem tido o suficiente, e quer uma solução que mantenha sua dignidade", disse um ex-ministro do Iêmen ao "The Guardian". "A destruição que estamos vendo é inimaginável. Por quanto tempo essa guerra vai continuar?".
Eliasson chamou tanto os houtis como Hadi para participar das negociações sem pré-condições, mas alertou para "a profunda desconfiança que existe entre os atores-chave, nada menos que Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos de um lado e Irã do outro".
Peter Salisbury, membro associado da Chatham House, disse que o acordo para conversar era só o começo.
"Quando isso foi feito, havia uma série de obstáculos muito difíceis de superar, incluindo a localização e os parâmetros fundamentais das negociações", disse. "As coisas poderiam desmoronar antes de eles começarem a trabalhar."
A base para as negociações é a resolução 2216 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que exige que os houtis se retirem de todas as áreas que capturaram, abandonem armas apreendidas de Forças Armadas nacionais e organismos de segurança e cessem todas as ações que estejam sob autoridade do governo legítimo.
Autoridades sauditas dizem que a implementação da resolução acabaria com a guerra.
Os críticos rebatem que suas exigências para o desarmamento e a retirada terão de ser interpretadas de forma flexível para que um acordo possa ser feito.
"A dificuldade é que a resolução era muito favorável para os sauditas", disse Ibrahim Fraihat, do Brookings Doha Center. "Foi uma grande vitória para eles, mas faz com que seja muito difícil para a comunidade internacional recuar."
Ele acrescentou: "Não há falta de atividade diplomática. O problema é que existe um impasse em terra. Os sauditas não estão tendo progressos reais e estão presos em Marib e Taiz. Os houtis e Saleh não conseguem mudar o status quo. Nenhum dos lados está disposto a se mover. Não é provável que os sauditas façam concessões reais no Iêmen, porque a preocupação deles é a influência iraniana, apesar de isso ser um medo exagerado".
Estadão
domingo, 18 de outubro de 2015

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