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terça-feira, 25 de novembro de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Ferguson, nos EUA, tem nova onda de violência por morte de jovem negro


O prefeito de Ferguson, James Knowles, criticou nesta terça-feira (25) a demora da Guarda Nacional em chegar à cidade na noite desta segunda para conter os protestos violentos realizados na cidade depois que o júri de St. Louis anunciou sua decisão de não indiciar Darren Wilson, o policial branco que matou a tiros o jovem negro Michael Brown, em agosto.“A decisão de adiar a implementação da Guarda Nacional (em Ferguson) é profundamente preocupante”, afirmou o prefeito em coletiva de imprensa. “Estamos pedindo para que o governador disponibilize e implemente todos os recursos necessários para prevenir mais destruição a propriedades e a preservação da vida na cidade de Ferguson”, afirmou.
Knowles também disse que nenhuma decisão foi tomada até agora sobre o futuro de Wilson. O policial permanece em licença administrativa remunerada, que está desde que atirou contra o jovem, até que uma investigação interna seja concluída, disse o prefeito.
Na noite desta segunda, tiros e explosões foram ouvidos na cidade do estado de Missouri. Carros incendiados e saques também foram registrados. Manifestantes queimaram edifícios, saquearam lojas e atiraram contra a polícia. Pelo menos 12 imóveis foram incendiados pelos manifestantes dentro da cidade e nas proximidades – a maioria foi totalmente danificada.Além da Guarda Nacional, tropas de choque, FBI e Swat foram às ruas de Ferguson, e os tumultos foram controlados com gás lacrimogêneo.
Segundo o sargento Brian Schellman, da polícia de St. Louis, 61 pessoas foram detidas. Os confrontos representaram a pior noite de distúrbios na cidade desde agosto.

Os protestos se estendem por Nova York, Chicago, Los Angeles, Washington D.C., Oakland e outras grandes cidades do país. Em Nova York, duas pessoas foram presas.

Decisão
Depois da decisão, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu calma à população de Fergunson. Obama pediu que possíveis manifestações fossem pacíficas, segundo comunicado da Casa Branca. O mesmo pedido foi feito pelo governador do Missouri, Jay Nixon.
O policial Darren Wilson, que atirou em no jovem negro Michael Brown, causando sua morte, em foto divulgada pela promotoria de St.Louis nesta segunda-feira (24) (Foto: St. Louis County Prosecuting Attorney's Office/AP)O policial Darren Wilson, que atirou em no jovem
negro Michael Brown, causando sua morte, em foto
divulgada pela promotoria de St.Louis nesta
segunda (24) (Foto: St. Louis County Prosecuting
Attorney's Office/AP)
Darren Wilson não será processado porque ojúri de St. Louis concluiu que não há provas suficientes para processá-lo, anunciou o promotor da comarca, Robert (Bob) McCulloch. "Darren Wilson não será acusado em conexão à morte de Michael Brown ocorrida em 9 de agosto em Ferguson", afirmou McCulloch.
Segundo ele, o júri trabalhou "intensamente" durante os últimos meses e encontrou inconsistências no depoimento das testemunhas que incriminavam Wilson. "Não há dúvida de que Darren Wilson matou. Wilson foi o agressor inicial. Mas foi autorizado a usar força letal em autodefesa", disse o promotor.
Em nota enviada à imprensa, a família de Brown afirmou que ficou "desapontada". "Estamos profundamente decepcionados de que o assassino do nosso filho não tenha que sofrer as consequências de seus atos", informou a família de Brown, pedindo 'respeitosamente que qualquer manifestação seja pacífica'. "Juntem-se a nós em nossa campanha para que todo policial nas ruas desse país use uma câmera acoplada a seu corpo. Nós respeitosamente pedimos que vocês protestem pacificamente. Responder violência com violência não é a reação mais apropriada", diz o comunicado.

Protestos de agosto
A morte de Michael Brown, em 9 de agosto, gerou uma violenta onda de manifestações em Ferguson, especialmente por que Wilson, um policial branco, atirou ao menos seis vezes no jovem negro de 18 anos que, segundo testemunhas, estaria desarmado. Quase 70% da população de Ferguson é negra, mas as autoridades políticas e policiais são majoritariamente brancas.

De acordo com a polícia, Brown teria participado de um assalto a uma loja de bebidas pouco antes de ser baleado. Um vídeo do crime, em que o jovem supostamente aparece, chegou a ser divulgado.

Após semanas de violência nas ruas, a Guarda Nacional foi enviada a Ferguson para controlar os distúrbios. Na última segunda-feira (17), com o julgamento de Wilson já se aproximando de seu final, o governador declarou situação de emergência e autorizou forças especiais de segurança estaduais a apoiarem a polícia em caso de violência.

A ordem do governador também determinou que, em eventuais protestos, a responsabilidade seria do Departamento de Polícia do Condado de St. Louis, e não da polícia da cidade de Ferguson.
Manifestantes tiram fotos em frente a prédio em chamas na madrugada desta terça-feira (25) em protesto em St. Louis contra a decisão de não indiciar o policial que matou o adolescente negro Michael Brown (Foto: St. Louis Post-Dispatch, Robert Cohen/AP)Manifestantes tiram fotos em frente a prédio em chamas na madrugada desta terça-feira (25) em protesto em St. Louis contra a decisão de não indiciar o policial que matou o adolescente negro Michael Brown (Foto: St. Louis Post-Dispatch, Robert Cohen/AP)
terça-feira, 25 de novembro de 2014

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