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sexta-feira, 3 de outubro de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Pantaneiro Blues: trazendo suas raizes ao palco Zé Pretim promete na Europa com novo espetá¡culo


Zé Pretim é mineiro, mas de coração bem sul-mato-grossense. A gratidão pela terra não se deve apenas aos anos por aqui vividos, mas ao improvável blues por aqui encontrado. Razão de sua vida, o estilo musical o impregnou até a alma, porém sem deixar que suas raízes sertanejas se perdessem. A mistura de passado e presente destes 60 anos de vida inspirou e hoje é tema de seu mais recente trabalho. De volta aos palcos com o espetáculo 'Pantaneiro Blues', o músico ganhou o reforço da revelação Ju Souc na bateria e do músico Rodrigo Teixeira no baixo, para fazer a releitura bem ao seu 'feeling', como ele mesmo diz, de clássicos do sertanejo raiz. Mais vivo do que nunca, a reportagem do Top Mídia News procurou o bluesman para saber um pouco mais de seus planos e da trajetória que o levou a tudo isto.

Top Mídia News  - Quem é o Zé Pretim?

Zé Pretim  - José Geraldo Rodrigues, nascido em 14 de Maio de 1954. Nasci em uma cidadizinha pequena chamada Inhapim, em Minas Gerais. Eu não conheço lá porque saí de lá pequeno e fui criado em Belo Horizonte até os 12 anos. Depois passei pelo Triângulo Mineiro, Uberlândia, Uberaba e atravessamos para o Goiás. Morei até em uma tal de Cachoeira Alta que tava passando esses dias em uma reportagem na TV. Depois que vim para o Mato Grosso do Sul, fiquei em Jateí. Trabalhei na roça e naquele tempo tocava música sertaneja, Tião Carreiro & Capataz e Tonico & Tinoco. Cresci ouvindo esse tipo de música. Eu nasci com o dom da música. Não estudei em conservatório nenhum. Fui aprendendo ouvindo as pessoas tocarem. E depois eu comecei a fazer as minhas música. Foi sertanejo primeiro. E depois  formei um conjunto de baile lá em Rondonópolis. Daí comecei a tocar música popular, rock'n'roll e tal. Depois vim para Campo Grande, no início de 73. Cheguei aqui por que tinha guitarristas maiores para eu aprender mais. Fui desenvolvendo. Entrei no Rádio Clube, cantei lá nos bailes. Antes disso tive uma dupla com meu falecido irmão, Juvenal. Nós cantamos muito em rádio sertaneja de Goias, em Rondonópolis e no interior de São Paulo. A gente era criança, mas foi legal. Era um aprendizado para nós. Cantamos até em circo as músicas do Tião Carreiro. A gente era muito criança, não entendia muito o que estava acontecendo, mas a vontade de ser um artista como Tonico & Tinoco era muito grande. A diferença é que depois eu mudei. Queri ser um Jimi Hendrix ou, um Eric Clapton, um B.B. King e aí foi nessa. João Gilberto e Tom Jobim também sempre tiveram músicas que eu gostava. Agora estou fazendo mais releituras das minhas composições e de várias canções e está dando certo. Este é o Zé Pretim 'Pantaneiro Blues'.
Top Mídia News - Quando o Blues entrou na sua vida?

Zé Pretim -  Foi quando eu cheguei aqui em Campo Grande. Na época, conheci o blues do Jimi Hendrix e Janis Joplin, depois veio o B.B. King. E muito rock'n'roll também. Rolling Stone, Beatles... Aí me especializei ao poucos no rock'n'roll, blues e tal. Mas agora eu quis mais fazer blues. Estou mais nessa pegada! Que é o que mais me satisfaz. O Blues não é só aquele ritmo três por quatro. Tem vários balanços. É diferente. Então pensei em refazer as releituras de várias canções. Primavera Blues, por exemplo, tem até clipe. Também tem o documentário 'Zé Pretim: A Vida É Blues'. Aí tem clipes que gravaram no Bar da Madá e em Belo Horizonte.  Então tudo que eu vou fazer, eu faço na minha releitura. Faço minhas composições e de outros também, mas na minha linhagem. Eu assumo o meu feeling em qualquer estilo de música. Não copio as pessoas.

(Foto: Deivid Correia)

Top Mídia News - E como se deu a carreira de músico na Capital?
Zé Pretim - Passei uns 15 dias rodando por aí até que consegui entrar em um conjunto que tocava no Rádio Clube, lá no centro. Tocava no restaurante, solo com violão, e final de semana tocava em um bingo dançante, com a banda que tinha lá. Depois conheci o Bosco (baterista) e montei uma banda com ele, o Euphoria. Depois passou uns sete, oito anos, eu comecei a viajar um pouco sozinho. São Luiz do Maranhão, Belém do Pará, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, Manaus, Santarém. Cantei no interior dos garimpos, no meio do mato, em boate. Ganhei uma experiência.

Top Mídia News - Como é esse projeto novo, o Zé Pretim Trio?
Zé Pretim - A ideia é cantar as minhas composições, mas acompanhado pela Ju (Souc), que é uma grande baterista, e o Rodrigo (Teixeira) no baixo, que além de tocar bem, está assumindo os backing  vocals  e produz também, bate nossas fotos e prepara nosso trabalho para ficar bem profissional. Então, estou me sentido muito feliz com eles, porque eles entendem a minha linguagem e querem estar na mesma linguagem musical. Estou amando estar com eles. No nosso primeiro show fizemos releituras de músicas sertanejas como 'Rio de Lágrimas', no blues, no soul. Fiz também o 'Chico Mineiro' em blues. Faço polca-rock e polca-blues. Faço várias releituras. Vários estilos. E é isso que eu quero mostrar ultimamente com o meu trio. Temos alguns shows previstos no Barbaquá, um no dia 16. Em Bonito, vamos nos apresentar no palco principal, na abertura do Festival de Blues, em 14 de novembro. E depois vamos viajar pelo Brasil e também possivelmente participar de festivais de blues nos Estados Unidos e na Europa, porque vamos nos inscrever. Tudo com o espetáculo 'Pantaneiro Blues'.

(Foto: Deivid Correia)

Top Mídia News - Sua produção está a todo vapor, mas sabemos que as viver de música não tão fácil. Como foram esses anos de carreira? Como você tem lhe dado com isto?
Zé Pretim - Meio aos trancos e barrancos. Mas eu não vou desistir. Porque eu nasci com esse dom e não vou mudar de profissão na idade que eu estou agora. Estou há muito tempo empenhado, dei minha vida pela música. Então eu vivo pela música e com a música. Tive alguns momentos bons e outros ruins, como todo mundo. Mas espero ter sorte de ganhar dinheiro ainda. Por que eu não posso viver a vida inteira tão pobre, batalhando bastante, com um trabalho tão rico de cultura.

Top Mídia News - Quais os momentos que mais te marcaram neste anos?
Zé Pretim - Quando eu abri o show para o Casa das Máquinas aqui foi legal. Era uma banda famosa. Alguns pesam que eu sou velho, eu não me sinto velho. Velho é quem pensa que eu estou velho. Eu estou muito bem. Com muita energia e não me sinto velho. Para mim eu sou sempre jovem. A música é jovem. Eu sou um cara musical. Então para mim não tem esse lance de velho. Eu penso positivamente. Eu penso que Deus ta aí e eu estou aqui  e quando ele quiser que eu vou só ele pode me chamar.

(Foto: Deivid Correia)

Top Mídia News - Quais composições você gosta mais de tocar?
Zé Pretim - Eu tenho várias. Tem a que eu toquei no Programa do , o 'Cantoria Blues' que toquei com o sexteto do programa. Eles escolheram a minha música para eu tocar. Mandei um CD e escolheram. Queria dizer também que ninguém me levou no . Foi o meu trabalho que me levou no . Primeiramente, Mariana Godoy (jornalista) me conheceu e levou um CD meu. Eu a conheci e ela veio falar comigo. Comentei que era fã dela, mas que era super fã do . Então ela me convidou para ir no programa que ela tinha de bandas de garagem. Mas eu falei que queria ir no  e ela mostrou meu CD para a produção. Então eles escolheram a minha música e já mandaram a passagem de avião para mim. Eles ouviram o meu trabalho, escolheram  a música e perguntaram se eu queria tocar ela com a banda. Eu falei:  Lógico que sim! Essa música é minha! Nunca pensei que eles iriam escolher esta.
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