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sexta-feira, 1 de agosto de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

China e Brasil são parceiros em um projeto de biodiesel menos poluente


O Brasil é parceiro da China na guerra que o governo de pequim declarou à poluição, com projetos em conjunto com universidades daquele país.Na quarta reportagem da série “China: a guerra contra a poluição”, uma parceria do Jornal da Globo com o Globo Natureza, o repórter André Trigueiro mostra os projetos sustentáveis das universidades chinesas.

JG (Foto: Rede Globo)
A RAPIDEZ DO TREM-BALA...
Em um país que tem pressa para reduzir a poluição, viajar de trem é uma opção estratégica. E quanto mais rápido, melhor.
Um dos símbolos dessa China que deseja crescer rápido gerando menos impactos ambientais é o trem-bala. A equipe andou em um deles, com a velocidade de quase 300 km/h.
Em poucos anos, o país se tornou o número um do mundo em ferrovias rápidas. São 10 mil quilômetros de linhas e a previsão do governo é de que até o ano que vem esse número dobre.

JG (Foto: Rede Globo)
...E A LENTIDÃO DOS ENGARRAFAMENTOS

A velocidade dos trens bala contrasta com a lentidão crescente dos engarrafamentos. Já são 250 milhões de veículos.
É tanto carro que as próprias autoridades chinesas decidiram restringir a concessão de novas licenças em pelos menos seis grandes cidades do país, como Xangai.

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JG (Foto: Rede Globo)
PARCERIA COM O BRASIL
Em Xangai, eles fazem leilão para conceder licenças. Em junho, uma autorização chegou a custar US$ 12 mil. Se não é possível eliminar totalmente a poluição dos veículos, dá para melhorar e muito a qualidade dos combustíveis. E o Brasil participa desse esforço.
Na Universidade de Tsinghua, em Pequim, funciona o Centro China-Brasil para Mudanças Climáticas e Inovação em Tecnologias para Energia, uma parceria deles com a UFRJ.
Uma nova tecnologia descoberta em laboratório chinês é considerada estratégica para o Brasil. Os chineses aprenderam a produzir biodiesel em escala industrial usando enzimas naturais.
As vantagens desse processo levaram o governo brasileiro a financiar parte do projeto, o que acabou aproximando ainda mais os dois países.
Primeiro, nós podemos diversificar a matéria-prima do biodiesel. Todos os custos podem ser reduzidos”
diz o professor Dehua Liu, diretor do Centro Brasil-China para Mudanças Climáticas
Coordenador do programa, o professor Liu conta que a China entrou com a tecnologia e o governo brasileiro com R$ 3,1 milhões e a missão de divulgar o combustível para a América Latina.
Com a nova geração de biodiesel enzimático, é possível reduzir em 80% a emissão de gás carbônico e em 60% a emissão de material particulado.

JG (Foto: Rede Globo)
INTERCÂMBIO DE ESTUDANTES
A parceria também prevê intercâmbio de estudantes. Bruno e Mainara estão na China há um ano.
“Eu vim para cá para pesquisar a parte de energias renováveis e micro rede para a gente implementar depois de volta no Brasil essa tecnologia e começar a estudar esse novo cenário”, conta o estudante Bruno Wanderlei França, aluno de doutorado da COOPE/RJ.
“A China vem crescendo absurdamente em energia eólica com uma potência instalada muito grade, uma das maiores do mundo”, afirma a estudante Mainara Azevedo Aredes, aluna de Engenharia Elétrica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Ainda é um número limitado de professores e de alunos envolvidos, mas já temos resultados. Alguns deles estão em cargos importantes na China e em outros países”
conta o professor Wu Jiang, vice-reitor da Universidade Tongji - Xangai
INSTITUTO AMBIENTAL
Depois de conhecer a Universidade de Tsinghua, partimos para a Universidade de Tongji, em Xangai, onde há 11 anos funciona o Instituto Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável.
216 alunos de 47 países passaram pelo instituto. Para incentivar a educação ambiental, professores que aderem ao projeto recebem um terço a mais de salário. Das 24 escolas da universidade, 15 têm disciplinas voltadas para o meio ambiente.

“, explica o professor Wu Jiang.
É de olho nessas oportunidades que alguns alunos do Equador, da Itália e até da África estão por lá.
“No momento, a minha expectativa é poder fazer certos projetos com o Equador ajudando a levar investidores até lá que tenham tecnologia verde”, diz Alejandro Caceres, aluno de doutorado do Equador.

Nas oportunidades e em um futuro melhor, nos contou a chinesa Ruby. “Quando eu nasci, eu vivia em um lugar com muitas fábricas. Então, eu me preocupei com os problemas ambientais. Eu quero contribuir para o desenvolvimento chinês no futuro na área do meio ambiente”, afirma Ruby Zhu, aluna de Engenharia.

JG (Foto: Rede Globo)
CIDADE SUSTENTÁVEL
A sustentabilidade que inspira os novos profissionais formados na China tem orientado os investimentos em um dos mais importantes setores da economia: a construção civil.          

350 milhões de chineses devem migrar do campo para a cidade nos próximos 20 anos.
Jamais se viu tamanha movimentação de gente na história. E, para abrigar todo esse formigueiro humano em cidades mais inteligentes e sustentáveis, os governos da China e de Cingapura resolveram de comum acordo criar o maior projeto de cidade ecológica do mundo.

A 150 km de Pequim, a Eco-city está sendo erguida onde antes havia lixo a céu aberto, deserto e água poluída. Um projeto ambicioso, que pretende abrigar 350 mil moradores em prédios certificados ambientalmente até 2020.
Esse projeto recebeu muita atenção dos líderes da China porque nós podemos ajudar outras cidades chinesas ou até de outros países da Ásia a melhorar a performance econômica e ecológica”
afirma Cao Sheng, diretor da Eco-city
Por enquanto, só 10 mil pessoas vivem no local. Ainda não há  transporte coletivo, cinemas, teatros, museus ou shoppings.
Nenhum problema para a senhora Han Xuming. “Aqui tem muitas escolas boas para os filhos e é bom para a saúde”, diz ela.
Cao Sheng, um dos responsáveis pelo empreendimento, admite as dificuldades, mas afirma que o projeto está sendo acompanhado de perto pela cúpula do governo chinês.

JG (Foto: Rede Globo)
REVOLUÇÃO ECOLÓGICA
O futuro da China é cada vez mais urbano. Até 2025, serão 221 cidades com mais de 1 milhão de habitantes, 23 com mais de 5 milhões e oito com mais de 10 milhões de habitantes.
Por isso, em várias cidades chinesas, há incentivos fiscais para quem tenha selo verde nas edificações.

O professor Tan Hongwei, especialista no assunto, nos conta que o governo criou um sistema de três estrelas para classificar os prédios. Quanto menor a emissão de gás e maior a economia de energia, mais estrelas e, consequentemente, mais incentivos.
O objetivo é que, em 2050, 20% de todos os prédios da China sejam verdes. Tudo o que vimos acontecer na China durante nossa viagem é entendida no país como uma nova revolução cultural.
Em pouco tempo, eles se tornaram líderes mundiais em energia solar e eólica, em novas tecnologias para reduzir a emissão de gases, em número de árvores plantadas, mais de 50 bilhões na última década.
Novas leis, multas e, apenas no ano passado, mais de 20 mil processos por crimes ambientais.
O mundo acompanha com atenção os movimentos do país para crescer sem agravar a destruição do meio ambiente. Para o bem da humanidade, tomara que os chineses estejam no caminho cert
sexta-feira, 1 de agosto de 2014

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