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terça-feira, 20 de maio de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Parte da oposição apoia ação do Exército na Tailândia


Uma parcela dos manifestantes opositores da Tailândia apoia a lei marcial convocada pelo Exército e o endurecimento dos militares contra o atual governo. Enquanto o Exército afirma que não se trata de um golpe de Estado, soldados ocuparam estações de TV e rádio em Bangcoc, e bloquearam estradas de acesso à capital. Nesta terça-feira, nas ruas da cidade, pessoas contrárias ao governo aplaudem os militares e tiram até fotos com eles, informa a rede BBC. Em sua primeira declaração sobre o episódio, o primeiro-ministro interino da Tailândia, Niwattumrong Boonsongpaisan, fez um apelo para que o Exército atue dentro da Constituição. "O objetivo de qualquer ação deve ser a paz sem apelar para a violência e para discriminação, e dentro da Constituição", anunciou o gabinete do primeiro-ministro.
Segundo Jonathan Head, analista britânico baseado em Bangcoc ouvido pela BBC, “a reação tímida dos dois lados [governo e oposição] mostra que a abordagem discreta dos militares está funcionando, por enquanto. O governo e os seus apoiadores aceitaram a palavra do comandante do exército, que não está assumindo o poder político”. Mas, para o analista, se tudo o que Exército faz é apenas manter a segurança, o problema político permanecerá sem solução, e a governança será comprometida. “Se o exército tentar impor a sua própria solução, que no momento parece ser um ‘meio-golpe’, poderia muito bem se tornar um golpe completo. Como resultado, o movimento dos camisas vermelhas [apoiadores do governo] vai se levantar e resistir”, completa.
O chefe do exército da Tailândia, Prayuth Chan-ocha, anunciou nesta terça aos jornalistas em Bangcoc que atuará para solucionar a crise no país e obrigará as partes em conflito a negociar. “Vamos fazer com que ambos os lados se sentem para negociar”, afirmou o militar, que nesta madrugada declarou lei marcial em todo o país. De um lado, está o grupo pró-governo, ligado ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, e do outro, manifestantes antigovernamentais, liderados por Suthep Thaugsuban, vice-primeiro-ministro com o Partido Democrata entre 2008 e 2011.
“Não usamos a lei marcial com toda sua capacidade. Necessitamos atuar de maneira pacífica e o mais rápido possível, é por isso que solicitamos sua ajuda [da imprensa]”, pediu Prayuth. Os militares proibiram a transmissão de dez canais de televisão que, segundo eles, são vinculados aos antigovernamentais ou pró-governo. A censura durará “tanto quanto for necessário”, disse o general tailandês. Prayuth evitou falar das eleições que um dos lados organiza ou sobre o toque de recolher. Também não deu mais detalhes sobre o que ocorrerá a partir de agora na Tailândia.
Novas eleições gerais – A primeira-ministra Yingluck Shinawatra foi destituída pela Justiça em 7 de maio e substituída de modo interino por Niwattumrong. O governo pretende convocar eleições gerais para tentar acabar com a crise, que já dura quase sete meses, mas os manifestantes pedem que o Parlamento nomeie um líder "neutro" não eleito. Segundo a Comissão Eleitoral do país, o governo propôs, em carta, o dia 3 de agosto para ser a data das eleições. "O governo nos pediu uma resposta até esta sexta-feira. Os representantes devem se reunir nesta quarta-feira para avaliar o pedido”, disse Somchai Srisuthiyakorn, um dos cinco comissários da agência eleitoral.Na carta entregue à Comissão Eleitoral, o governo disse que concorda em dar à comissão o poder de adiar novamente a eleição, caso seja necessário. A condição foi definida como uma tentativa de evitar possíveis obstruções e uma repetição da eleição realizada no dia 2 de fevereiro, que foi parcialmente interrompida por manifestantes. Depois, em março, a eleição foi anulada pelo Tribunal Constitucional da Tailândia. Neste mês, governo e comissão haviam concordado em realizar um novo pleito no dia 20 de junho, mas a data foi cancelada devido ao retorno dos conflitos políticos no país.
Segundo Somchai, a declaração da lei marcial pelo exército não tem impacto sobre o trabalho da Comissão Eleitoral ou no planejamento de uma nova eleição. "Enquanto a atual constituição estiver válida, o governo e o Estado ainda estão no mesmo lugar", disse. No entanto, ele acrescentou que os representantes do exército podem precisar ser envolvidos na definição de uma nova data da votação. Analistas acreditam que o partido governista, de Yingluck Shinawatra, tem grandes possibilidades de vencer mais uma vez as eleições.
Tailândia vive uma grave crise desde o golpe de Estado que derrubou o governo de Thaksin Shinawatra em 2006, com frequentes manifestações populares contra o executivo. Os últimos protestos começaram em outubro do ano passado contra o governo de Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksin, e deixaram até o momento 28 mortos e mais de 800 feridos.

(Com agências EFE e France-Presse)
terça-feira, 20 de maio de 2014

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