sexta-feira, 4 de abril de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Um dos maiores compositores sertanejos do Brasil, e encontrado morto.
O sertanejo Dino Franco, da dupla Dino Franco e Moraí, foi encontrado morto aos 77 anos por sua irmã em seu quarto nesta sexta-feira (4), em Rancharia, interior de São Paulo. De acordo com a delegacia da cidade, ele chegou a tomar café da manhã, mas voltou a dormir antes da morte.
“Por volta das 11h30 desta manhã, a irmã dele foi chamá-lo para tomar banho e deparou com Dino Franco já morto”, informou o escrivão da delegacia, que afirmou que o sertanejo estava doente. A delegacia não soube informar o nome da doença.
Segundo o Hospital Maternidade de Rancharia, o sertanejo Osvaldo Franco esteve internado no local por alguns dias na semana passada.
Dino Franco era irmão da também cantora falecida a senhora Marisa Franco Itaya de Ivinhema conhecida nacionalmente pela sua voz e por fazer parte do sertanejo raiz, Dino Franco e Marisa chegou em Amandina em 1964 com seus pais e irmã.
Dino, ainda segundo a irmã, nunca casou e eles moravam juntos desde que ela ficou viúva. “Depois que ele se aposentou, viemos para Rancharia, onde ele até recebeu título de cidadão, mas passamos antes por Mogi Guaçu e Ivinhema, no Mato Grosso do Sul. Somos em 11 irmãos, sete estão vivos. Ele também tinha um filho”, relatou.
A música estava na vida de Dino Franco desde a infância. “Em 1957, ele foi para São Paulo com a cara e a coragem e o caderno de músicas debaixo do braço. Depois disso, ele formou diversas duplas até encontrar o Mouraí, com quem trabalhou por mais de 25 anos, até a morte dele”, falou.
Dentre os sucessos do irmão, Marina fala sobre “Cheiro de Relva”, Caboclo na Cidade” e “Amargurado”. “Ele gostava de contar a história de quem viva na roça, como a gente viveu. O forte dele era a música de raiz, mas ele também cantava sobre o amor e o romance”, relembra.
Trajetória
Osvaldo Franco, mais conhecido como Dino Franco, nasceu em 8 de setembro de 1936, em Paranapanema, interior paulista. Desde a adolescência, já trabalhava com música em rádios, até se lançar como cantor com o nome artístico de Pirassununga nos anos 40. Lançou discos com quase todas as duplas da qual fez parte: Pirassununga e Piratininga, Pirassununga e Belmonte, e Biá e Dino Franco — esta última união foi responsável por seis LPs de grande sucesso na moda de viola.
Nenhuma dupla prosperou e Dino arriscou carreira solo e se tornou produtor da gravadora Chantecler, até conhecer o músico Mouraí com quem gravou 16 discos até a morte do parceiro em 2005. Dino foi reconhecido, ao lado de Mouraí, como pioneiros na regravação de pérolas do sertanejo de raiz, como “Sertaneja”, “A Cachaça e o Fumo” e “A Volta do Caboclo”.
sexta-feira, 4 de abril de 2014