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sábado, 4 de janeiro de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

E TEMPO DE PEQUI EM RIO VERDE/MS


É tempo de pequi (Caryocar brasiliense) em Rio Verde/MS. Essa maravilha do cerrado está presente em todo o estado, sendo componente da alimentação de todas as classes sociais. Sua safra é esperada com ansiedade pela população nos últimos meses do ano.
Várias espécies de animais procuram o pequizeiro para alimentar-se das flores que caem. 
Entre elas, caças nobres como o veado, a paca e o tatu. Antigamente muitos caçadores empoleiravam-se no pequizeiro durante a noite, no que por aqui chamam ‘espera’, para levar para casa a carne que será servida à mesa no dia seguinte. A prática era hábito transmitido há gerações, não há receio de destruição da fauna. Vale a garantia do alimento que, para muitas populações pobres do interior, é a única servida à mesa. 

BOM E O PEQUI QUE CAI

O rioverdense sabe que a fruta estará apta para o consumo quando cai do pé. Não deve colher os grandes frutos no cacho, pois acontece de a maioria assim colhida murchar e quando cortada com a faca não desprende o caroço polpudo da casca. 
O pequi caído do pé sofre a ação do calor do sol e do solo, amolecendo a casca. Após um ou dois dias, esse processo deixa-a tão mole que é capaz de dissolver ao toque da mão, liberando o caroço. O pequi é alimento apreciado pelos animais silvestres. Tatus e pebas costumam enterrar o pequi para apressar a putrefação e liberar o caroço, voltando depois para degustar o fruto. Muitos assim enterrados e esquecidos nascem depois. 
Varias pessoas amanhecem cedo por vários locais de Rio Verde, em dezembro, catam e vendem os pequis colhidos no cerrado. Muitos vendedores saem de porta em porta oferecendo a populaçao nos bairros da cidade. 

DEGUSTANDO O PEQUI

Há muitas maneiras de comer o pequi que tem  muitos espinhos dentro do caroço. 
Os mais apressadinhos devoram-no cru, arrancando com a faca grandes lascas da polpa que comem com farinha – seca ou de puba. É um prato próprio para estômagos resistentes ou acostumados à ingestão. 
É desnecessário dizer o efeito colateral para pessoas não “aclimatadas”.
Mas a culinária rioverdense reserva pratos variados para todos os gostos e estômagos cujo ingrediente principal é o pequi. Ele poderá unir-se ao arroz, ao feijão, à carne, ou solitário temperado com cebolinha e outros condimentos, com ou sem molho. Ah! A galinha caipira com pequi é uma delicia. Não somente aqui, sei, em outras cidades também é muito apreciado. Mas falo de minha terra. 

Quem pensa que a prodigalidade do pequi encerra-se na mesa subestima-o. A fruta pode ser aproveitada para extração do óleo comestível, que tem inclusive propriedades medicinais, licores e sucos. O caroço, ou somente a polpa extraída dele em tiras, pode ser usado para conserva. 

PROTEÇAO AMBIENTAL


Hoje, apesar da proteção estabelecida em lei, o pequizeiro é extremamente ameaçado pelo avanço agropecuário e emprego na indústria do carvão vegetal. Por causa disso, pode chegar um dia em que nem a sua tão decantada propriedade benéfica à memória será capaz de torná-lo lembrado pelas gerações futuras. Sabemos todos, e isso é chiste por aqui, que quem se delicia com o pequi é capaz de se lembrar da ingestão mesmo que arrote horas depois de tê-lo consumido. O gosto forte que retorna à boca é o responsável pela lembrança. 
Fonte:  Overblog
sábado, 4 de janeiro de 2014

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