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terça-feira, 6 de agosto de 2013
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Ney Franco: Ganso foi "fritado"

CARLOS EDUARDO MANSUR
RIO - Durou um ano a passagem de Ney Franco no São Paulo. E um mês após sair o treinador resolveu romper o silêncio diante das seguidas críticas de jogadores do clube, em especial de Rogério Ceni. Em setembro de 2012, num jogo pela Sul-Americana, torneio que o São Paulo conquistou, o goleiro gesticulou e reprovou publicamente uma substituição de Ney Franco, que o repreendeu.

Desde então, a relação se deteriorou. O treinador diz que o goleiro extrapolou os limites do campo, participa da vida política do clube e mina, nos bastidores, profissionais cujas contratações não o agradam. Ney Franco revela que uma das vítimas da “fritura” de Ceni é Paulo Henrique Ganso.
Como encarou as críticas de alguns jogadores após sua saída?
No início, fiquei surpreso. Já passei em várias equipes e sempre saí numa boa, com o desgaste natural de um técnico. Mas é preciso filtrar algumas coisas. Fiquei um ano no São Paulo e, na primeira parte, o trabalho foi muito bom, com título. Havia quatro anos que o clube não conquistava um título, havia três que não ia para a Libertadores. Assumi um time que estava ganhando um jogo e perdendo outro no Brasileiro. Fizemos a melhor campanha do segundo turno (em 2012). Havia um diálogo, e este comando perdemos depois, na Libertadores. Sei que são declarações infelizes, que se aproveitam do momento.
Por parte do Rogério Ceni?
Talvez pelo problema que tivemos. Não sei se ele leva isso até hoje. O tempo dirá quem está certo. Fechamos bem o ano (2012), ele na dele, e eu fazendo o meu trabalho com respeito. Só que, a cada turbulência, esse assunto voltava. Não sei se ainda mexia com ele.
Rogério extrapolou os limites de um jogador?
Sem dúvida. Extrapolou o limite. Até participa da vida política do clube, há uma disputa por seu apoio político. Ele tem consciência do que representa.
E isto atrapalhou seu trabalho?
Em 2013, não tive nele o capitão de que precisava. Havia a preocupação de quebrar marcas individuais. Até em contratações: se chega um nome que é do interesse dele, ele fica na dele; se não é, reclama nos corredores. E isso chega aos contratados, como Ganso, Lúcio. E eu, como técnico, ficava no meio disso.
A evolução do Ganso pode ser prejudicada por Rogério?
Ganso chegou num ambiente... Percebeu claramente as coisas. Chegou ao ouvido dele. Havia uma fritura por trás e pode atrapalhar. Nos corredores, era o que se escutava, que quando Ganso jogava o time tinha um jogador a menos.
É difícil que um profissional não aprovado por Rogério dê certo no São Paulo?
Mais ou menos isso. Se está bom para o Rogério, este profissional vai bem. Se não, se chega um profissional que ele não concorda, a tendência é ser minado. E nos dois últimos meses de trabalho eu sabia que havia interesse de parte do grupo na minha saída. Depois, Rogério disse que meu legado no clube foi zero. Antes de trabalhar no São Paulo, vários jogadores da base do clube se valorizaram comigo na seleção. Quando cheguei, Jádson e Osvaldo cresceram. O Lucas teve um boom e foi negociado. E subi jogadores. Além de termos ganho a Copa Sul-Americana no fim de 2012.
E o Mílton Cruz (auxiliar técnico do São Paulo)?
Ele é muito ligado ao clube. Em qualquer problema que envolva alguém que tenha poder de convencimento no São Paulo, ficará deste lado. Antes da minha queda, me foi dito que ele já tinha ligado para outro treinador. Fico à vontade para falar, porque não tive qualquer problema direto com ele. No primeiro treino, eu e meu auxiliar (Éder Bastos) o chamamos para o campo. Ele não quis. Não o afastamos. Meu auxiliar foi massacrado. Ele trabalha muito e, pela primeira vez, vi um profissional ser penalizado por trabalhar muito. Se ele tirou espaço de outro, é porque este profissional não ocupou um espaço.
E você achou que agora era hora de se posicionar?
Ele (Rogério) direcionou de uma forma que, se o São Paulo não der certo na temporada, eu sou culpado. Se der certo, é porque chegou outro treinador e consertou. O time era quinto colocado quando saí. E não é verdade que estava mal fisicamente. Tenho os dados. E alguns jogadores que estão no clube me ligaram, dizendo que não concordam com a forma como as coisas aconteceram, como estou sendo tratado. Mas têm medo da forma como Rogério lida. Nem tudo foi minha culpa. Há uma oposição declarada, uma pressão no clube minando o trabalho. Não era o Ney Franco, era qualquer um que estivesse ali.
Já recebeu convites para voltar a trabalhar?
Tive três sondagens de clubes da Série A do Brasileiro. Em duas não tive interesse. A outra, que me interessou, foi do Fluminense. Eles me ligaram, mas fecharam com Vanderlei Luxemburgo.
Acha que pode se queimar?
Eu tenho conquistas, não é um momento ruim que vai apagar tudo o que já fiz. Agora quero ver jogos, repensar, ver o que deu certo no São Paulo e o que não deu. E não vou ficar me culpando por tudo. Espero pegar um time de Série A que possa ganhar a Copa do Brasil ou o Brasileiro, embora, em tese, quem trocar de técnico no Brasileiro será por estar embaixo na tabela.
Você se vê numa elite de técnicos brasileiros?
Acho que sim. Tenho uma média de um título por temporada. Quem pegar o currículo vai ver. Tenho conquistas e também revelei muitos jogadores. Outro dia mesmo fiquei feliz por ter sido lembrado pelo Renato Augusto. Toda mudança de técnico que acontece em clubes grandes me procuram. O que já fiz me credencia a dirigir qualquer equipe. Não vou deixar as críticas me jogarem para baixo.
Você se arrependeu de ter deixado a CBF antes das Olimpíadas?
Nunca, de forma alguma. Foi uma decisão madura, tomada de forma segura. E a passagem pelo São Paulo foi boa, pelo título sul-americano, pela valorização e pela parte econômica. Quem sabe no futuro, com novos títulos, não volto para a CBF para dirigir a seleção principal? É um sonho.
Por falar em seleção, como viu o trabalho do Felipão e o título da Copa das Confederações?
Felipão e Parreira têm experiência de seleção brasileira. E Felipão é expert em competições de tiro curto, em fechar o grupo e fazer os jogadores darem o máximo. E, ao contrário do que se prega, é antenado, sim. Conhece o futebol europeu. Ele mobilizou o time e deu à seleção muita disciplina tática.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

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