A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) autorizou as operadoras de celular Vivo, Tim, Claro e Oi a instalar um sistema que bloqueia as chamadas dos aparelhos contrabandeados. Os aparelhos são comprados no Paraguai e Bolívia e vendidos a preços menores em camelôs.

A estimativa do Sinditele (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia), entidade que representa as operadoras, é de que, nos estados brasileiros, 20% das linhas sejam consideradas “piratas”. Com as 3,7 milhões de linhas habilitadas em Mato Grosso do Sul - conforme último balanço divulgado pela Anatel, em janeiro – 740 mil aparelhos seriam afetados no Estado.

Hoje, a legislação permite que apenas os celulares com selo de certificação da agência regulamentadora (embutido no interior do aparelho) sejam comercializados. A implantação do novo sistema fechará o cerco aos celulares contrabandeados. Funciona assim: o IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel, da sigla em inglês), código único que identifica cada aparelho, será enviado à operadora, e assim que uma chamada for efetuada, será cruzado com um banco de dados da Anatel, que vai bloquear automaticamente as ligações dos aparelhos sem certificação.

O banco de dados será implantado até o final deste semestre, conforme a Anatel, e o bloqueio começa a entrar até o ano que vem.

O que ainda está em discussão é o bloqueio de aparelhos que já foram vendidos ou apenas aqueles que forem comprados depois que a medida passar a valer.

O Sinditele acredita que os aparelhos não-homologados, que já estão em uso, não devem ser bloqueados. Ainda assim, o presidente do sindicato, Eduardo Levy, confirma que o sistema é capaz de identificar também os aparelhos piratas antigos.

Anatel justifica que  que esses aparelhos costumam derrubar as chamadas

A nova regra da Anatel é motivo de polêmica e foi tema de uma audiência pública em Brasília. Há quem defenda que a compra de um aparelho pirata pelo consumidor é de responsabilidade do governo, que não foi eficiente no combate ao contrabando. Outro motivo de indignação é a crença de que a medida beneficiaria apenas os fabricantes de celular, que não enfrentariam a concorrência de marcas estrangeiras, que vendem modelos semelhantes aos brasileiros a preços bem menores.

 O  vendedor  Zézinho  se disse que   todos  tem o direito de livre escolha e  é contra  o bloqueio dos  celulares pois as  operadoras  já não prestam um  serviço eficiente  sendo  as  campeãs de reclamações. "Imagina  se  só eles vendessem os  aparelhos aí eles  poderiam cobrar o quanto quizessem e os preços   dos celulares  pelas fabricantes iriam disparar demasiadamente". Disse  Zezinho.

   




Zézinho: "Temos o direirto de escolher"


O músico Josimar Santos  da Silva disse que é  a  favor. "se é lei temos que  cumprir"! Ainda  ressaltou  que os  aparelhos  provenientes de  contrabando não são confiáveis tem pouca  garantia. Nós  precisamos acabar  com isso de  gastar nosso dinheiro com produtos  lá  fora  no  Paraguai e na Bolívia e  prestigiarmos  o comércio e a  indústria  nacional.

         



Josimar: "Temos que valorizar  nossos produtos"