domingo, 1 de janeiro de 2012
RIOVERDEMS | Por PORTAL  RIOVERDE  NOTICIAS
MPE denuncia vereadores e ex-prefeito de Alcinópolis por assassinato
O
 MPE (Ministério Público Estadual) denunciou os vereadores Eliênio 
Almeida de Queiroz (PR), Valdeci Lima de Oliveira (PSDB), Valter Runiz 
Dias de Souza (PR) pelo assassinato do presidente da Câmara Municipal de
 Alcinópolis, Carlos Antônio Costa Carneiro, executado no dia 26 de 
outubro de 2010, na avenida Afosno Pena, em Campo Grande.
Os
 vereadores foram denunciados por “ajustar” a morte de Carlos Antônio. 
Os três chegaram a ser presos em julho deste ano, sendo soltos em 12 de 
agosto.
Na
 denúncia, o promotor Douglas Oldegardo dos Santos cita a disputa 
política no município. “Apurou-se que o crime teve motivação torpe, 
quais sejam as desavenças políticas existentes entre a vítima e os 
denunciados, os quais compunham o grupo político liderado pelo então 
prefeito Manuel Nunes, enquanto a vítima fazia parte do grupo político 
de oposição”.
Conforme
 o documento, o prefeito afastado Manoel Nunes da Silva (PR), já foi 
denunciado pelo Procurador-Geral de Justiça, pois tem direito a foro 
privilegiado. Desta forma, enquanto a denúncia contra os vereadores 
tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri, a denuncia contra Manoel Nunes é
 feita diretamente ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Com a morte de Carlos Carneiro, o vereador Valter Runiz foi eleito presidente da Câmara e, o suplente Valdeci Oliveira
 assumiu uma cadeira, dando maioria na Câmara ao prefeito. Agora, cabe a
 justiça aceitar ou não a denúncia contra os acusados por homicídio com 
motivo torpe e emboscada. O objetivo do MPE é que todos sejam levados a 
júri popular.
O
 prefeito afastado foi preso em 20 de julho e solto no dia 29 de 
setembro pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), sob condição de não se
 aproximar da prefeitura.
Com
 o afastamento de Manuel Nunes, quem assumiu a prefeitura do município 
foi o vice Alcino Carneiro, pai do vereador assassinado. Logo após o 
crime, a família denunciou que a execução tinha caráter político, o que 
foi negado pelo então prefeito.
Flagrante 
Após
 o assassinato do vereador, o executor do crime, Irineu Maciel foi preso
 em flagrante por policiais civis que passavam próximo ao local. Ele foi
 levado até o local do crime na garupa da moto de Aparecido Souza 
Fernandes, de 35 anos.
Na
 delegacia, o pistoleiro relatou que o crime foi intermediado pelo seu 
cunhado Valdemir Vansan. A morte do vereador teria sido contratada por 
uma terceira pessoa, cujo nome não foi revelado. Vansan foi preso horas 
depois do assassinato.
Ainda
 na delegacia, o assassino disse que receberia R$ 20 mil, sendo R$ 3 mil
 adiantados. O acerto era para “fazer uma pessoa”, cujo nome foi 
repassado por Vansan. O pistoleiro também afirmou ser dono da arma 
utilizada na execução. Irineu Maciel e Valdemir Vansan vão a júri 
popular no dia 24 de fevereiro.
domingo, 1 de janeiro de 2012








