CIDADES
INTERNACIONAL
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Rio Verde, onde a planície pantaneira deixa de ser uma abstração.

Rio Verde, onde a planície pantaneira deixa de ser uma abstração.

Planície Pantaneira, pantanal, onde não é possível passar régua.
Realmente Manoel, eu não tinha noção de como o pantanal era para mim uma noção abstrata, um conceito vago. Já tinha viajado, adentrado por seus rios e corixos, percebia a infinitude daquilo, mas hoje ao olhar o pantanal do alto do Pindaivão eu percebi como meus olhos eram pequenos.
De repente eu estou na estrada e curva! O céu se abre aos meus pés, porque aos meus olhos, que são pequenos, o que se abre é o infinito, minha mente vai ao horizonte e me sinto realmente pequeno, insignificante e feliz de ser um inseto diante daquele inominável abstrato chamado planície pantaneira, de agora em diante inominável contreto.

Bom, mas deixando de lado a literatura, pq como a Lu escreve bonito, tinha que gastar a minha literaridade tb, escrever algo digno do que presenciei.
Rio Verde de Mato Grosso, eu frequento desde adolescente nas baladas de carnaval, na praça e no balneário.
Em diversão de adolescente o que importava era água, a mulherada, o som e a bebida (pelo menos era assim naqueles anos 90), e assim a cidade ficou estigmatizada como o lugar do balneário dos fins de semana e feriados de festa.
Quando propusemos fazer o programa sobre essa cidade, lançamos o desafio aos nossos parceiros da Paiaguá Expedicion e da Fundação de Turismo de MS, queriamos fazer um roteiro diferente. Não é possível um lugar que fique entre o pantanal e a serra tenha só o balneário de atração. Desafio lançado, foi apresentado um roteiro que incluia a Fazenda Igrejinha, Fazenda Várzea Alegre, Serra do Pindaívão, Jardim dos Tamanduás, Rio Feioso e Acquaride.

De mente aberta pegamos a BR 362 e duzentos quilômetros depois, em estrada boa, estavamos na cidade. Com o receptivo feito pelo Beto Roque, proprietária da Fazenda Igrejinha, num posto de gasolina, pegamos a estrada de terra, também boa, e fomos para a fazenda.
Gostei do Beto, segui na sua picape proseando, idéias avançadas em termo de conservação, diversificação e exploração sustentável do turismo. Chegando a fazenda... encantamento. A sede, antiga, pequena e preservada na entrada de um vale cercado de morros com o pantanal se abrindo ao largo.
Fomos recebidos pela família do Beto e pelo prefeito Wiliam Brito. Outra boa prosa e após excelente almoço, carne seca na moranga, seguimos para a trilha da cachoeira e para o rapel.
Permitam-me fazer um aparte nesse momento para falar da comida, nunca comemos tanto numa viagem, era café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, lanche do fim de tarde, janta, só não tinha ceia pq depois de tanta comida e aventura todo mundo já tava no quinto sono.
Mas voltando à trilha, seguimos até a cachoeira num roteiro bem pensado para a preservação, com reaproveitamento de madeira nativa nos corrimãos e nos desníveis, no caminho alguns mirantes e buritizais, na chegada à cachoeira os olhos do Beto se enchem de lágrimas, o temporal do dia anterior destruiu a cachoeira...
Coisas de uma natureza em mutação constante, da achão geológica.
Voltamos até um morro de cerca de 30 metros, era a hora do rapel, todo cuidado com a segurança, pernas tremendo, minha primeira vez morro abaixo, adrenalina, uma delícia, farei outras vezes com toda certeza.

Fim do primeiro dia. Churrasco, uma dose de RL (afinal não sou de ferro) e cama, o pessoal ficou jogando truco.

Dia seguinte, nem vou falar da comida..., fomo ao pantanal da Nhecolândia, sobre a paisagem já disse no inicio do texto, não carece de mais explicações, mas veja não deixe de ver o jardim dos tamanduás, fantástico, em uma hora encontramos 6 tamanduás-bandeiras enormes.

A tarde fomos conhecer a área de camping, bem legal. Mas o melhor é a trilha da igrejinha, pena que já estava tarde e tivemos que ir muito rápido para não perder a luz.

Queríamos gravar o pôr-do-sol do mirante. A vista sensacional, duzentos metros de paredão com a imensidão do pantanal ao longe. Não conseguimos o pôr-do-sol, uma chuva cobria justamente nosso objetivo deixando todo o resto da vista livre, 180º.


Terceiro dia: Adrenalina.
Fizemos acquaride, uma mistura de banana boat com descida em corredeiras (veja o vídeo). Diversão garantida.

À tarde, Fazenda Várzea Alegre. Difícil dizer o que mais gostei, da comida da dona Preta feita em fogão à lenha ou das cachoeiras.
Gravamos a receita da Torta Várzea Alegre enquanto chovia forte (está postado aqui). Muito boa, parece um suflê.
A chuva torna as cachoeiras um espetáculo, um volume enorme de água em pouco tempo. Perto da sede tem uma boa para tomar banho, mas o grande atrativo é a cachoeira do ovo negro (nome mais original que já vi para uma cachoeira), tem uns trinta metros e em baixo uma pedra negra em formato de ovo. Singular.

Depois partimos. Conheci uma Rio Verde bem melhor do que a conhecia, mas o melhor mesmo é que me aliviou um ano de estresse.

Links úteis:quinta-feira, 10 de novembro de 2011

OK NET

https://www.facebook.com/oknet.rv

OK NET RIO VERDE

http://oknetms.com.br/

SUPERMERCADO BOM PREÇO

https://picasion.com/

RESTAURANTE IZABEL

http://picasion.com/