Peões acusam irmãos de furtarem gado avaliado em R$ 100 mil
Conforme o delegado titular de Coxim, Bruno Henrique Urban, investigadores da Polícia Civil interceptaram o gado na última sexta-feira (03), a cerca de 60 quilômetros da cidade. Os responsáveis pela comitiva, José de Andrade, de 44 anos, e Jurandir Correia de Lima da Silva, de 41 anos, foram detidos, ouvidos e liberados.
José e Jurandir relataram ao delegado que foram contratados pelos irmãos para buscar o gado na fazenda Lagoa Parada. José disse, inclusive, que foi levado para o local numa motocicleta pilotada por Jéferson. No último dia 26, Jurandir, José, Jéferson e Gelson, colocaram o gado na mangueira, “a maioria foi pega no laço”, emendou José.
Depois de presas, as cabeças de gado foram remarcadas por Jéferson e Gelson, de acordo com Jurandir. Neste momento, José disse ter percebido que existiam reses com marcas de seu antigo patrão, Wilson Donizete Romanine, que registrou furto de gado em sua fazenda, a Bocaíuva Quebrada.
José informou ainda que em cima das marcas WR, LT e TR foi colocado a marca II, que pertence aos irmãos “Félas”. Em alguns casos, as marcas antigas foram “raspadas”, veja fotos. Insatisfeito, José disse ter cobrado a nota fiscal e Jérferson informou que viria a Coxim para buscá-la.
Sem Jéferson, os outros tocaram a comitiva, sob o comando de Gelson, até a fazenda Santa Rosa. Por volta das 12 horas, do dia 1º deste mês, Gelson abandonou a comitiva, segundo José. O abandono aconteceu poucas horas depois da operação “Navegantes”, ser desencadeada em Coxim, também no dia 1º.
Os dois irmãos deveriam ter sido presos de forma preventiva na operação de combate ao narcotráfico, mas a polícia só conseguiu prender Jéferson, que estava na cidade. Equipes fizeram buscas até mesmo na zona rural, mas não conseguiram capturar Gelson, que continua foragido.