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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

EUA pressionam Brasil a usar força militar em operação na Venezuela.


Os EUA querem que o Brasil use força militar para entregar ajuda humanitária à Venezuela. A área de Defesa brasileira resiste à ideia por temer que a situação escale para um conflito, e também vetou a sugestão de que soldados americanos participassem da operação. O chamado cerco humanitário ao regime chavista de Nicolás Maduro é uma das formas de pressão que os EUA e seus aliados montaram para tentar retirar o ditador do poder.
O líder opositor Juan Guaidó, reconhecido pela coalizão integrada pelo Brasil como o presidente interino do vizinho, pediu que a ajuda comece a entrar no sábado (23). A Colômbia, país que abriga cerca de mil militares americanos, já começou a montar seu centro de distribuição de ajuda perto da cidade fronteiriça venezuelana de Cúcuta. Ali, a Força Aérea dos Estados Unidos opera livremente, mas Maduro bloqueou a ponte de Tienditas, que liga os dois países, para a passagem de remédios e alimentos.
Nas últimas semanas, os EUA aumentaram a pressão sobre o Brasil para uma cooperação semelhante. O Palácio do Planalto informou que a operação na região já é feita em coordenação com os americanos, mas descartou o envolvimento físico de Washington.
Segundo a Folha apurou, o Departamento de Estado dava como certa inclusive a presença de tropas americanas na operação no Brasil, devido aos primeiros contatos sobre o tema com o chanceler Ernesto Araújo.
O ministro é um admirador do presidente Donald Trump, a quem considera a esperança do Ocidente contra uma suposta conspiração marxista de governos de esquerda e ativistas internacionalistas.
Há duas semanas, ele encontrou-se com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em Washington. Na semana seguinte, conversou com o chefe do Comando Militar Sul dos EUA, almirante Craig Faller, em Brasília. Os pedidos de cooperação foram renovados.
Segundo pessoas próximas às conversas, tanto a participação americana quanto a maior incisividade militar foram colocadas na mesa. Procurado, o Itamaraty não comentou esse aspecto, afirmando apenas que o governo está se esforçando para coordenar ajuda aos venezuelanos.
Historicamente, o órgão advoga pela não-intervenção em assuntos internos de outros países. No caso da Venezuela, o presidente, Araújo e outros ministros já rejeitaram a ideia de uma ação militar para derrubar Maduro, algo ventilado por Trump com frequência. O ditador venezuelano, por sua vez, sustenta que a operação humanitária é o prenúncio de uma invasão.
Outro elemento de pressão está num relato, em Washington, de que o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, acenou ao Brasil com a possibilidade de estabelecer um amplo pacote de cooperação militar, semelhante à que tem com a Colômbia. O assessor de Trump já esteve com Bolsonaro antes da posse do presidente, no fim do ano passado.
O problema é que a simpatia irrestrita pelos EUA não é compartilhada na cúpula militar brasileira e no núcleo de ministros egressos das Forças Armadas no governo Jair Bolsonaro (PSL).
Dois curtos-circuitos no começo do ano colocaram Araújo sob uma tutela por parte da área militar ao tratar de assuntos sensíveis, conforme a Folha revelou.
Um deles foi o anúncio pelo presidente e pelo chanceler de que os EUA poderiam ter uma base militar no Brasil, algo depois abandonado. O outro, o anúncio do corte de cooperação militar com Caracas, a última fonte confiável de informações de bastidor para tomar o pulso das Forças Armadas locais, que são quem garante a ditadura de Maduro.
A simples sugestão de ter soldados americanos em solo brasileiro é vista como herética pelo Ministério da Defesa e foi descartada. O uso de militares brasileiros na montagem de um centro de ajuda humanitária em Pacaraima (Roraima) é óbvio, já que o Exército já comanda a operação local para o recebimento de refugiados venezuelanos.
O ponto de discordância é a ideia de forçar passagem para entregar a ajuda, como já pediu Guaidó. O Alto Comando do Exército é contra, no que é acompanhado pela ala militar no Executivo.
O general Hamilton Mourão, vice-presidente que foi adido na Venezuela, já se posicionou contra a ideia. Ele e o também general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional e principal conselheiro de Bolsonaro, consideram que é necessário esperar mais deserções nas fileiras militares venezuelanas e o surgimento de um líder rebelde entre elas.
Se houvesse uma sublevação do lado do vizinho, a cooperação e até entrada de tropas brasileiras a convite poderia ser facilitada.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

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